Para ter “a cereja em cima do bolo”, o Sporting vai ter de ganhar no Dragão

A vitória do Benfica frente ao V. Guimarães torna o clássico ainda mais decisivo para os “leões”, que podem hipotecar em definitivo as hipóteses de chegarem ao título se perderem pontos frente ao FC Porto

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Ganhar ou ganhar. A três jornadas do final do campeonato e com cinco pontos de atraso para o Benfica, que já cumpriu o seu papel na ronda 32, o Sporting de Jorge Jesus terá que conseguir hoje (18h30, SP-TV1) repetir a proeza que o Sporting de Marco Silva alcançou na época passada para a Taça de Portugal: vencer no Estádio do Dragão. Na antevisão da partida, o técnico dos “leões” disse que a sua equipa já fez “um campeonato excelente”, faltando apenas “a cereja em cima do bolo”.

Meia dúzia de horas antes de o Benfica dar mais um importante passo para assegurar a conquista do tri, Jesus fez a antevisão do clássico ainda com a esperança que os vimaranenses dessem uma ajuda ao Sporting. Numa “luta taco a taco” com o Benfica, que o técnico dos “leões” acredita “que será até ao fim”, Jesus mostrava-se confiante que chegasse da Luz uma boa notícia para o Sporting: “Não há jogos que se ganham antes, não há adversários frágeis. Estão ambas as equipas sujeitas a que haja deslizes. Sei que não é fácil ganhar jogos em Portugal, vou continuar à espera do que pode acontecer.”

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Sem o deslize do Benfica, os sportinguistas ficarão com menos margem de manobra, mas apesar de “o Sporting pode fazer 80 e muitos pontos e não ser campeão”, Jesus diz que a pontuação “leonina” é um indicador de “um campeonato excelente”. “Falta a cereja em cima do bolo, acreditamos até ao último jogo e trabalhamos com essa convicção.” O técnico dos “leões”, fez questão de desvalorizar a vantagem sobre o rival, alertando para “qualidade” do FC Porto: “Não é por estarmos com mais 10 pontos que isso vai determinar que somos mais fortes. São duas equipas com valor e qualquer uma pode vencer”, sublinhou.

Com a equipa na máxima força, o técnico dos “leões” optou por deixar Jefferson de fora – “clinicamente está curado, mas o tempo de paragem retirou-lhe ritmo competitivo” -, sendo provável que Marvin Zeegelaar, que esteve em bom plano na última jornada, conserve a titularidade.

Condenado a terminar o campeonato no terceiro lugar, o FC Porto está fora da luta pelo título mas José Peseiro garante que esse facto não retira aos jogadores “azuis e brancos” a “pressão de ganhar”. Com o plantel e equipa técnica em avaliação até ao final da época, palavra de presidente, os “dragões” têm uma dupla de indisponíveis por lesão (Marcano e Bueno) e a principal novidade na lista de convocados é a exclusão, por opção, do franco-maliano Marega.

Com Danilo, mais uma vez, certo no centro da defesa ao lado de Martins Indí, tentar completar o resto do puzzle “azul e branco” que Peseiro apresentará de início não é tarefa fácil. De regresso à baliza estará Casillas, que até ao final do campeonato vai alternar com Helton a titularidade, enquanto Maxi, que voltou a estar em bom nível em Coimbra, será o dono da lateral direita. Do outro lado, surge a primeira dúvida. Apesar de Jesus achar “que vai ser o outro [Ángel]”, Layún pode recuperar o lugar na esquerda. No meio campo, Rúben Neves e Herrera serão dois dos vértices do triângulo, restando um lugar que pertencerá a um português: Sérgio Oliveira ou André André.

Finalmente, no ataque, Corona parece ser a única peça com encaixe garantido. Varela e André Silva foram as opostas nas últimas jornadas, mas a exigência do jogo pode ditar o regresso de Aboubakar e/ou Brahimi à titularidade.

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