Demissão do secretário de Estado do Desporto não será esclarecida no Parlamento

Maioria de esquerda chumba requerimento do CDS para ouvir ministro da Educação e ex-secretário de Estado.

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João Vengorovius demitiu-se por discordar com o ministro da Educação Enric Vives-Rubio

O porta-voz do CDS-PP criticou, nesta terça-feira, o PS, o BE e o PCP por rejeitarem o seu requerimento de audições parlamentares ao ministro da Educação e ao ex-secretário de Estado da Juventude e Desporto, que se demitiu há uma semana.

"O CDS foi surpreendido pelo voto contra do PS, BE e PCP relativamente ao requerimento para ouvir o ministro da Educação e o ex-secretário de Estado da Juventude e Desporto", afirmou João Almeida, após uma reunião da Comissão Parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto.

Segundo o deputado centrista, "tendo [João Wengorovius Meneses] apresentado a sua demissão por motivos políticos, que são públicos", não "passou pela cabeça" do CDS-PP "que houvesse, pela parte de PS, BE e PCP, este tapar completo de responsabilidades, este limitar da função do Parlamento de fiscalização da actividade do Governo".

Entretanto, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, que estava a ser ouvido pela Comissão Parlamentar de Educação e Ciência, terminada a reunião, saiu pela porta contrária àquela onde o esperavam os jornalistas.

João Almeida previu que "a forma de estar em funções públicas deste ministro vai surpreender estes grupos parlamentares, mais cedo do que tarde, e vão perceber que esta audição era positiva".

Num post colocado no seu Facebook, após se ter demitido, Wengorovius Meneses disse ter saído do Governo "em profundo desacordo" com o ministro da Educação em relação às políticas seguidas e "ao modo de estar" no exercício de cargos públicos. 

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