Assistência a Angola é uma boa notícia para empresas portuguesas, diz AEP

Apoio "vai abrir portas a novos negócios e a mais empresas”, refere a Associação Empresarial de Portugal.

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Angola passou do quarto para o sexto maior cliente de Portugal. REUTERS/Herculano Coroado

A Associação Empresarial de Portugal (AEP), que assumiu no início deste ano a responsabilidade de organizar a próxima FILDA - Feira Internacional de Luanda, diz não ter sido apanhada desprevenida com a notícia do pedido de assistência financeira ao Fundo Monetário Internacional (FMI) por parte do Governo angolano.

Em comunicado, a associação presidida por Paulo Nunes de Almeida refere que essa assistência servirá para “reestruturar e modernizar o sistema económico do país, tonando-o menos dependente das oscilações do preço do petróleo nos mercados internacionais”. E que essa pode ser uma boa notícia para as empresas portuguesas.

A AEP refere que foi “responsavelmente e com conhecimento cabal da situação” que aceitou organizar a FILDA (certame cuja organização competia, até agora, à própria AICEP) e que mantém a confiança no apoio que pretende emprestar às mais de 9400 empresas portuguesas que exportam para Angola, “o mercado da África lusófona mais relevante para a economia nacional”, e é que o sexto maior cliente de Portugal.

“A participação na próxima FILDA por parte das empresas portuguesas que têm investido na internacionalização justifica-se, hoje, por redobradas razões. Como decorre do pedido de assistência financeira ontem conhecido, a modernização e diversificação da estrutura económica de Angola – cujo PIB, nas projecções das respectivas autoridades, deverá continuar a crescer neste e nos próximo anos – vai abrir portas a novos negócios e a mais empresas”, refere a AEP em, comunicado.

A AEP termina a sua tomada de posição dizendo que a intervenção do FMI poderá ser  “uma oportunidade a ter em conta pelas empresas portuguesas” sobretudo para aquelas que “tendo estado a vender no mercado angolano nos últimos anos”, queiram capitalizar os investimentos e o conhecimento adquirido e passar a "uma nova fase do seu processo de internacionalização”.

Em entrevista ao PÚBLICO, Paulo Nunes de Almeida referiu que Angola iria tentar produzir internamente produtos que até agora importava. "A internacionalização vai ter que ir muito para além da mera exportação. Portugal deve mudar esse paradigma", defendeu o dirigente.

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