Novak Djokovic resistiu a David Goffin e ao forte calor de Miami para se qualificar para a quarta final em 2016 e 11.ª consecutiva em torneios Masters 1000 – a categoria mais alta, logo após os do Grand Slam. Durante duas horas, o líder do ranking foi testado quase até ao limite, mas soube encontrar resposta e forças para vencer, por 7-6 (7/5), 6-4, e chegar ao derradeiro dia sem ceder qualquer set.

“Estava muito quente e húmido, mas estou orgulhoso por me ter mantido forte e ter conseguido grandes serviços nos momentos importantes”, resumiu o sérvio. Djokovic esteve sempre sob pressão desde o início e salvou três break-points logo no jogo inaugural. No sétimo jogo, Goffin fez mesmo o break, mas o sérvio devolveu-o de imediato. Apesar do forte calor, o belga manteve um bom nível de jogo, mas, no tie-break, cometeu o seu pior “erro”, quando, no smash que podia colocá-lo a servir a 5/4, acabou por bater directamente para Djokovic, que defendeu-se bem e deu a volta ao ponto para ficar na frente. O sérvio fechou o set inicial com oito winners e com a “ajuda” dos 25 erros não forçados de Goffin.

Apesar das energias gastas em mais de uma hora de jogo e sob temperaturas bem acima dos 30 graus, o belga não se foi abaixo e foi o primeiro a dispor de break-points no segundo set, a 2-1. A 2-3, Djokovic apoiou mal o pé e ficou a queixar-se um pouco, o suficiente para receber uma advertência por exceder o tempo antes de servir. O sérvio não gostou, discutiu com o árbitro, o que parece tê-lo dado uma energia extra; fechou o jogo de serviço e, logo depois, fez o break fatal. Goffin ainda reduziu para 4-5, mas Djokovic esteve tranquilo a servir para fechar o encontro.

A outra meia-final era realizada à noite, entre Kei Nishikori (6.º) e Nick Kyrgios (26.º). O japonês vem de uma intensa batalha de duas horas e meia com Gael Monfils (16.º), em que teve de salvar cinco match-points, antes de impor-se, por 4-6, 6-3 e 7-6 (7/3). Kyrgios conseguiu converter um dos seis break-points de que dispôs para ultrapassar o canadiano Milos Raonic (12.º): 6-4, 7-6 (7/4). O australiano, que cometeu a proeza de ser o único a quebrar o serviço de Raonic esta semana, também soube estar a salvo de break, anulando os cinco break-points que enfrentou.

No torneio feminino, Victoria Azarenka vai tentar tornar-se na terceira mulher a conquistar a dobradinha Indian Wells-Miami – imitando Steffi Graf (1994 e 1996) e Kim Clijsters (2005). Na final, a bielorrussa terá de defrontar Svetlana Kuznetsova pela primeira vez nos últimos três anos.

Na meia-final de quinta-feira, Azarenka derrotou a alemã Angelique Kerber, que, em Janeiro, a tinha eliminado nos quartos-de-final do Open da Austrália, a caminho do seu único título do Grand Slam. A maior intensidade de Azarenka fez a diferença e nem as três duplas-faltas, quando serviu a 5-4, a impediram de vencer, por 6-2, 7-5.