Governo garante reabrir Hospital da Régua após erradicação de legionella e obras

Fecho do hospital a funcionar há algum tempo apenas de forma parcial já esteve por diversas vezes em cima da mesa.

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Um surto recente de “legionella” obrigou ao fecho total do hospital Nélson Garrido

O secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, garantiu nesta sexta-feira que o Hospital de Peso da Régua, fechado há um mês após a detecção de legionella, vai reabrir "tão cedo quanto possível" e após obras de requalificação.

"Vamos reabrir o hospital tão cedo quanto possível, foi um assunto que debatemos agora. O hospital necessita de obras, não direi de obras extraordinárias mas obras absolutamente indispensáveis para funcionar como equipamento hospitalar", afirmou o governante após uma visita à unidade de Vila Real do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD).

O Hospital D. Luiz I fechou no dia 3 de Março após ter sido detectada legionella na rede de água deste edifício parcialmente fechado e onde apenas estava em funcionamento um piso, designadamente o do internamento, de onde os 12 utentes foram transferidos para o Hospital de Chaves. Após a notícia, foram muitos os que se mostraram preocupados com o encerramento definitivo desta unidade hospitalar.

O secretário de Estado da Saúde garantiu agora, um mês depois, que se pretende "rapidamente investir, ainda que de forma moderada, na reabilitação daquele equipamento e reabri-lo nas funções e nas valências que forem, entretanto, definidas". "Não temos prazos. Estamos à espera deste relatório da Saúde Pública sobre a legionella, frisou.

Manuel Delgado sustentou que se aguardam os resultados finais das contra-análises feitas no hospital para se confirmar se o problema da bactéria está erradicado.

O governante referiu que o conselho de administração do CHTMAD apresentou hoje um plano de reabilitação previsto para aquela unidade e frisou que, mal esteja resolvido o problema da legionella, dar-se-á início ao projecto de obras.

Não está para já, segundo o secretário de Estado, definido o quadro de valências que serão ali instaladas, admitindo a possibilidade de funcionar como unidade de cuidados continuados. A solução definitiva será encontrada em conjunto com os profissionais de saúde, as necessidades da população e a Câmara da Régua.

"Temos uma população coberta por um centro hospitalar em que é relativamente fácil transportar doentes porque as localidades são próximas e temos boas estradas. Temos que ver quais as valências que mais se ajustam para aquele hospital", frisou.

A funcionar apenas parcialmente já há algum tempo, o encerramento do hospital da cidade duriense esteve por diversas vezes em cima da mesa, estando também incluído na lista de hospitais que o Governo PSD/CDS-PP queria devolver às misericórdias.

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