Haneke, Huppert e Trintignant: Happy End, depois de Amor

O cineasta austríaco junta de novo os actores, num filme sobre a crise dos refugiados

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Huppert e Trintignant quando promoviam Amor em Cannes Christian Hartmann/REUTERS
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Haneke recebeu a Palma de Ouro em 2009 por O Laço Branco das mãos da então presidente do júri, Isabelle Huppert VALERY HACHE/AFP
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Haneke em Cannes VALERY HACHE/AFP

A vaga humana que se espraiou em drama e miséria sobre as costas mediterrânicas europeias fez Michael Haneke virar-se para Calais – cidade francesa onde está a ser destruída nas últimas semanas a chamada Selva de Calais, o campo improvisado que se tornou num dos símbolos da crise dos refugiados. Já tem a bordo Isabelle Huppert e Jean-Louis Trintignant, com quem trabalhou em Amor, e começa a filmar esta Primavera.

Segundo a imprensa francesa, Haneke voltará então a trabalhar com a sua actriz de Amor e A Pianista e com Jean-Louis Trintignant, um dos protagonistas de Amor, desta feita em busca de um Happy End – o título com que se apresenta, em fase de pré-produção, o projecto ainda sem data de estreia prevista.

“É um filme de Haneke, por isso forçosamente é um filme sobre a família”, habitado por “personagens excessivas”, disse em Dezembro à AFP a Pictanovo, entidade da região de Calais que promove o audiovisual. De acordo com o diário francês Le Figaro, já foram feitas repérages no Outono.

Apesar de se tratar de um pano de fundo emblemático dos últimos meses, os produtores, que têm estado a manter Happy End sob algum secretismo, frisam que a crise dos refugiados não será o tema principal do filme. Haneke tem mostrado o seu apoio aos refugiados e ao seu acolhimento pela Europa nos últimos meses e foi um dos signatários da operação For a 1.000 lives: Be Human, entre outros 5500 profissionais do cinema, como Juliette Binoche ou Michel Hazanavicius. 

Pelo caminho ficou entretanto Flashmob, o projecto sobre pessoas que com perfis online que se juntavam numa manifestação convocada pela Internet. 

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