Filipe Anacoreta Correia, líder da tendência Alternativa e Responsabilidade, corrente interna que foi crítica de Paulo Portas, vai integrar a comissão executiva de Assunção Cristas. Este órgão é o núcleo mais restrito de consulta dos líderes do CDS que agora passa a ter uma das figuras mais críticas dos últimos anos de liderança.

Apesar de ter uma moção ao congresso do CDS, Anacoreta Correia decidiu não candidatar-se à liderança e reagiu com agrado à candidatura de Assunção Cristas. A líder – que será eleita em congresso neste domingo – convidou-o a integrar a comissão executiva, onde fez uma forte renovação. Entram Teresa Anjinho, ex-deputada, Ana Rita Bessa, deputada, e João Rebelo, que há anos estava afastado dos órgãos do partido. Ficam ainda como vogais da Comissão Executiva Pedro Mota Soares (que deixa de ser vice-presidente); Álvaro Castelo-Branco, líder da distrital do Porto; Manuel Isaac, líder da distrital de Leiria; Miguel Morais Leitão, antigo secretário de Estado de Paulo Portas; e Miguel Moreira da Silva, que era conselheiro nacional. Saíram Hélder Amaral, vice-presidente da bancada, e Paulo Núncio, ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.

Para integrarem a Comissão Política Nacional, Assunção Cristas convidou sete personalidades independentes: As professoras universitárias Mariana França Gouveia e Raquel Vaz Pinto e a gestora da Caixa Geral de Depósitos Marta Arruda Teixeira, o economista e administrador hoteleiro Filipe Santiago, o gestor agroalimentar e engenheiro agrónomo João Basto, o advogado Duarte Goes e o fiscalista Samuel Almeida.

No Conselho Nacional volta a ser proposto Telmo Correia para presidente, mas António Lobo Xavier é o primeiro nome da lista, O antigo líder parlamentar do CDS estava há vários anos afastado da vida partidária. Para a mesa do congresso a proposta é para manter Luís Queiró como presidente.