Muhammad Ali é o maior e Londres mostra-nos porquê

I Am The Greatest: Muhammad Ali abriu na semana passada ao público na O2 Arena, com alguns dos objectos pessoais do antigo campeão mundial de pugilismo. Das luvas ao cinturão, a fotografias inéditas e entrevistas de Ali. Tudo para descobrir até 31 de Agosto.

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Ali e a sua mulher Lonnie acompanharam todo o processo de montagem da exposição AFP

Mais do que uma exposição, uma homenagem àquele que é considerado uma lenda do desporto mundial: Cassius Clay, ou melhor, Muhammad Ali. I Am The Greatest: Muhammad Ali abriu na semana passada ao público na O2 Arena, em Londres, com alguns dos objectos pessoais do antigo campeão mundial de pugilismo. Das luvas ao cinturão, a fotografias inéditas e entrevistas de Ali. Tudo para descobrir até 31 de Agosto.

Resta confirmar o que a organização tanto deseja: uma visita do próprio Muhammad Ali. Aos 74 anos, são cada vez mais raras as saídas públicas do norte-americano, a quem foi diagnosticada a doença de Parkinson em 1984, três anos depois de ter abandonado o boxe. “Eu sei que ele quer vir e espero que venha”, disse em Janeiro ao The Guardian Davis Miller, curador da exposição e autor de quatro livros sobre o pugilista, entre os quais a biografia Approaching Ali: A Reclamation in Three Acts.

A vida que conta no livro é a mesma que transpõe para Londres. A vida de um homem lendário, ainda hoje recordado por todos, mesmo pelos que nunca o viram combater. O nome da exposição não foi escolhido ao acaso. The Greatest é como todos lhe chamam desde o dia em que bateu Sonny Liston, ainda como Cassius Clay, em 1964.

Além da convencional exposição de objectos pessoais, fotos, áudios e vídeos, I Am The Greatest: Muhammad Ali propõe ainda uma parte interactiva. Assim como não se dá a conhecer apenas a vida desportiva de Ali. Afinal, Muhammad Ali é considerado um símbolo da luta contra o racismo, pelo seu espírito rebelde e pela recusa em participar na guerra do Vietname, que lhe custou a perda do título mundial e uma ausência forçada dos ringues entre 1967 e 1970.

“Queremos que cada visitante fique com a sensação de que passou algum tempo na companhia deste homem singular e extraordinário”, explicou então Miller, avisando: “Não vai ser uma experiência de museu”. “Não acho que alguma coisa assim já tenha sido feita”, acrescentava. “Queremos que as pessoas riam e chorem.”

Mesmo não viajando, por enquanto, a Londres, Ali e a sua mulher Lonnie acompanharam todo o processo. Lonnie, que já se mostrara “muito entusiasmada por fazer parte de um projecto que ligará Muhammad a toda uma nova geração de fãs”, fez mesmo questão de estar presente na inauguração.

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