Vhils: operação Hong Kong em Março

Com uma exposição individual e várias intervenções urbanas, o artista português toma de assalto Hong Kong.

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Vhils no atelier de Hong Kong José Pando Lucas
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Retrato de operária fabril, cravado na parede de uma antiga fábrica de têxteis em Tsuen Wan Vhils

Desde o final de 2014 que o artista português Alexandre Farto, mais conhecido por Vhils, prepara uma exposição individual, intitulada Debris, em colaboração com a Fundação de Arte Contemporânea de Hong Kong (HOCA), que será inaugurada a 21 de Março naquele território.

Trata-se de uma exposição de grande significado para o artista de 29 anos, porque conterá uma base de trabalho totalmente nova (composições feitas de néon e metal, por exemplo), expandido dessa forma a expressão visual das suas peças. Os novos trabalhos foram criados especificamente para a referida mostra, que estará patente no cais Pier 4, e que pretende ser uma experiência imersiva de retratos, justaposições, esculturas, instalações e elementos geométricos, diferindo das obras que presidiram à retrospectiva Dissecção, que esteve na Fundação EDP, em Lisboa, em 2014.

Mas a presença de Vhils em Hong Kong não se fará sentir apenas por causa da exposição. Em paralelo haverá uma série de intervenções urbanas, algumas delas já concretizadas, outras por materializar. Entre as já executadas está o retrato de uma operária fabril, cravado na parede de uma antiga fábrica de têxteis em Tsuen Wan, uma área do território que está a ser alvo de reconversão urbana num projecto liderado pela HOCA e pela Galeria Mills, ao qual Vhils está associado.

Outra das intervenções do artista ocorrerá a partir de 12 de Março, altura em que um dos icónicos teleféricos da cidade entrará em circulação para se transformar numa espécie de objecto artístico em movimento, dessa forma pretendendo Vhils encorajar “os visitantes a explorar a cidade e a reflectir sobre a natureza humana”, pode ler-se no seu sítio oficial da internet.

Ao longo de 2015, o artista passou várias temporadas em Hong Kong, tendo aí instalado um estúdio de arte, de forma a agilizar todas as intervenções que ali tem concretizado e as que irá ainda realizar nos próximos tempos. Ao longo da última década, o trabalho artístico de Vhils foi-se inscrevendo em cidades de todo o mundo – de Londres a Berlim, de Xangai a Sydney –, mas a operação em Hong Kong afigura-se como uma das mais relevantes da sua carreira até ao momento.

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