Morreu Dave Mirra, o Tony Hawk do BMX

O antigo recordista de medalhas dos X Games dedicara-se recentemente ao triatlo e ao ralicrosse, competindo pela Subaru.

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Mirra foi recordista nos X Games, que impulsionaram o BMX. Na imagem, o australiano Ryan Guettler. Jeff Gross/Getty Images/AFP

O ciclista norte-americano de BMX Dave Mirra, um dos principais responsáveis pela popularização internacional da modalidade durante a década de 1990, foi encontrado morto esta quinta-feira, aos 41 anos, em Greenville, na Carolina do Norte.

De acordo com a polícia da localidade, o corpo de Mirra foi localizado numa carrinha e exibia um ferimento de bala. As autoridades privilegiam a tese de suicídio.

O atleta teria passado as últimas horas a visitar amigos e familiares na zona. Nas redes sociais, os seus últimos registos foram dedicados à mulher e aos amigos, mas não incluíam nenhuma pista concreta sobre as suas intenções.

Mirra tinha sido detentor do maior número de medalhas conquistadas em qualquer modalidade nos X Games, um popular evento anual de desportos radicais, nas suas versões de Verão e de Inverno, organizado pela estação televisiva norte-americana ESPN. O recorde das 24 medalhas ganhas entre 1995 e 2009 foi batido apenas em 2013 pelo skater brasileiro Bob Burnquist.

O atleta, que em 2000 emprestou o seu nome a um videojogo (Dave Mirra Freestyle BMX), afastou-se da primeira linha da competição em 2010, depois de sofrer uma meningite bacteriana.

Para além do BMX, Mirra era piloto de ralicrosse pela equipa norte-americana da Subaru. Recentemente, dedicara-se ao triatlo.  

Casado e pai de duas filhas, a estrela dos desportos radicais nasceu no estado de Nova Iorque. Depois de estudar na Califórnia, radicou-se na Carolina do Norte, transformando Greenville, uma cidade de 90 mil habitantes, na capital norte-americana do BMX – cerca de duas dezenas de competidores profissionais têm ali morada. Por esse motivo, o autarca Allen Thomas lamentou a perda de “um tipo humilde que tanto conversava sobre bicicletas com os miúdos da esquina como da mesma forma se sentia confortável nos grandes palcos mundiais”.

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