Carlsen confirmou favoritismo em Wiik aan Zee

O xadrezista norueguês mostrou que não tem rival à altura neste momento.

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Magnus Carlsen está a atravessar um bom momento de forma NTB SCANPIX/Reuters

Magnus Carlsen foi o incontestado vencedor do magistral holandês de Wiik aan Zee, reeditando o triunfo que já alcançara no ano anterior, desta vez com uma demonstração de superioridade talvez ainda maior, alcançando cinco vitórias ao longo das 13 jornadas da prova e terminando invicto.

O norueguês iniciou o ano tal como o terminara - em Dezembro vencera o Open internacional do Qatar - alicerçando ainda mais a sua posição de líder do ranking mundial e demonstrando que, de momento, não tem rival. Um mau sinal para o seu futuro desafiador para o título mundial que será encontrado no torneio de candidatos que se disputará já no próximo mês de Março, em Moscovo.

Durante o torneio a hegemonia da Carlsen só foi ensombrada pela tenaz perseguição de Fabiano Caruana, mas o norte- americano, que alcançou a última jornada com apenas meio ponto de atraso, acabaria por levar longe de mais o seu esforço, arriscando demasiado perante o campeão russo, Eugene Tomashevsky, caindo numa posição inferior que já não conseguiria salvar. Mesmo assim Caruana manteve a segunda posição, que partilhou com o chinês Ding Liren que resistiu a Carlsen na despedida da prova, ambos totalizando 8 pontos, menos um que o campeão mundial.

O trio constituído pelo ucraniano Pavel Elianov, o holandês Anish Giri e Wesley So, dos Estados Unidos, terminou com sete pontos partilhando o quarto posto, um resultado decepcionante para Giri, número três mundial, que era apontado no início da prova como o grande rival de Carlsen mas que nunca conseguiu entrar na discussão do título.

O resultado poderia ter sido ainda pior se a chinesa Hou Yifan não tivesse desperdiçado neste domingo a vantagem decisiva que possuía, permitindo que Giri alcançasse o empate.

O jovem prodígio chinês de 16 anos, Wei Yi, teve uma estreia auspiciosa nos torneios da elite, alcançando 50% dos pontos possíveis, 6,5, e terminando na sétima posição partilhada com Shaktiar Mamediarov, do Azerbaijão.

Na nona posição com seis pontos ficou o detentor da Taça do Mundo, Sergei Karjakin, que esteve muito abaixo do que se esperava, seguido do seu compatriota Tomashevsky e do checo David Navara, ambos com 5,5 pontos.

A encerrar a tabela, com cinco pontos, o trio constituído por Yifan, o inglês Michael Adams e o outro homem da casa Loek van Wely.

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