“Sofri com as críticas” de Marcelo

A deputada Teresa Morais foi das poucas figuras sociais-democratas a comparecer na noite da consagração do Presidente eleito.

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Teresa Morais: “Magoada sim, zangada nunca estive” Daniel Rocha (arquivo)

Teresa Morais, deputada do PSD e ex-secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares entre 2011 e 2015, admite ter ficado “magoada” com os comentários televisivos de Marcelo Rebelo de Sousa, mas foi das poucas figuras sociais-democratas a comparecer na Faculdade de Direito.

Porque optou por comparecer na noite eleitoral de Marcelo?
Fui aluna de Marcelo Rebelo de Sousa. Já nessa altura era uma pessoa que se relacionava de uma forma muito especial com os alunos. Marcou muitas gerações de juristas e desde então que lhe reconheço qualidades intelectuais acima da média e uma grande facilidade de comunicação.

O PSD ficou zangado por não participar na campanha?
Eu sou militante, não tenho nenhuma função de representação do PSD. Eu fiz parte de um Governo, de dois, aliás, que foi alvo de críticas [do comentador] muitas vezes injustamente. Sofri com essas críticas. Com frequência senti mágoa e incompreensão. Foi difícil conciliar o facto de ter sido ex-aluna e o fazer parte de uma equipa que era alvo de comentários muitas vezes injustos. Magoada sim, zangada nunca estive. Mas outra coisa é ter um conjunto de candidatos a um cargo que é tão exigente. Para mim não há dúvidas de que é o que tem melhores qualidades para o exercer. Aqueles que não perceberam [o afastamento do candidato] eu também os entendo, ele é ex-líder do PSD.

Mas achou normal este afastamento do PSD?
Marcelo Rebelo de Sousa tinha uma candidatura assente na sua pessoa, com escassos meios, sem estrutura. Foi uma campanha muito baseada no contacto com a população. O PSD respeitou o tipo de campanha que o candidato quis fazer, não deixando de recomendar o voto porque foi líder do partido com quem tem uma ligação especial.

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