Centeno diz que não parte com “cenários pré-concebidos” para Bruxelas

Ministro diz que discussões com as autoridades europeias sobre o OE serão "uma negociação normal"

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Mário Centeno com o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem REUTERS/Yves Herman

Mário Centeno não quer falar da existência de um plano B para o caso das autoridades europeias pedirem alterações à proposta orçamental portuguesa, mas deixou claro que quer iniciar as negociações com Bruxelas com uma atitude de abertura às ideias vindas do outro lado.

“É uma negociação normal. Não partimos para ela com cenários pré-concebidos”, afirmou Mário Centeno na conferência de imprensa de apresentação do esboço do Orçamento do Estado que foi entregue esta sexta-feira pelo Governo em Bruxelas.  

Será com base neste documento que a Comissão Europeia irá fazer uma avaliação à política orçamental seguida pelo país. E caso não venha a gostar do que vê, Bruxelas irá insistir com Lisboa para realizar alterações ao orçamento que venha a ser aprovado na Assembleia da República.

Por várias vezes, os jornalistas perguntaram ao ministro das Finanças o que irá fazer se enfrentar a oposição de Bruxelas à sua proposta de orçamento, se tem já preparado algum plano B para convencer as autoridades europeias. A esse tipo de questões, Mário Centeno respondeu: “Quero apenas concentrar-me no plano A”.

E voltou a defender que este é um orçamento que “reafirma os mesmos princípios de sustentabilidade e de fiabilidade”, assegurando o cumprimento dos compromissos assumidos externamente e internamente.

A Comissão Europeia deverá produzir nas próximas semanas o seu parecer sobre o esboço orçamental português, que será discutido no Eurogrupo agendado para 11 de Fevereiro. Entretanto, de acordo com o ministro, o Governo deverá entregar a 5 de Dezembro, a proposta definitiva e completa do orçamento, que pode depois ser alvo por proposta dos grupos parlamentares, ser alvo de alterações.

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