A trilogia de Terence Davies na abertura do Cortex

Children, Madonna and Child e Death and Transfiguration na inauguração (a 16 de Fevereiro) do festival de Sintra.

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Children, Madonna and Child e Death and Transfiguration em Sintra

À sexta edição, a infância. A infância de Robert Tucker, filho de uma família católica da classe operária em Liverpool. É a infância do cineasta britânico Terence Davies, nascido numa família da classe operária de Liverpool em 1945, porque Robert Tucker é o seu alter-ego em Children, Madonna and Child e Death and Transfiguration, a trilogia com que o Cortex, Festival de Curtas-Metragens de Sintra, se inaugura (a 16 de Fevereiro, decorrendo até 21).

Os anos da austeridade escolar, a violência familiar - a influência destrutiva da figura paterna -, a homossexualidade reprimida, a doença (da mãe), o fim (de Robert) a aproximar-se e o flashback a potenciar o trabalho da memória - Davies manteria esse perfume tremendamente evocativo do seu cinema, com toda a emoção pelo musical de Hollywood, e continuaria próximo da infância nas longas-metragens que se seguiriam, Distant Voices, Still Lives (1988) e The Long Day Closes (1992). Sobre isso escreveria, ainda, em Hallelujah Now (1984). Claire Barwell, a produtora de Death and Transfiguration e presidente da National Association of Higher Education in the Moving Image, é convidada do Cortex.

14 filmes serão exibidos na competição internacional, 16 na competição nacional: A Glória de Fazer Cinema em Portugal, de Manuel Mozos, Amélia & Duarte, de Alice Guimarães e Mónica Santos, Aula de Condução, de André Santos e Marco Leão, Fora da Vida, de Filipa Reis e João Miller Guerra, I’m Sad, at Peace, and Proud, de Carlos Pereira, Maria Do Mar, de João Rosas, Morrer, de Flávio Pires, Outubro Acabou, de Karen Akerman e Miguel Seabra Lopes, Pronto, Era Assim, de Joana Nogueira e Patrícia Rodrigues, Provas, Exorcismos, de Susana Nobre, Raízes, de André Bem-Haja, Rampa, de Margarida Lucas, Swallows, de Sofia Bost, This Particular Nowhere, de Rita Macedo, Viagem, de José Magro, e Yulya, de André Marques
 

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