“Havia ordens para a Segurança Social reduzir as pensões”, denuncia Maria de Belém

A candidata à Presidência esteve na feira semanal de Valongo e ouviu muita gente a queixar-se das dificuldades que enfrenta.

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Maria de Belém, que tem feito uma campanha muito centrada na denúncia dos problemas sociais do país, acusou neste sábado a Segurança Social de “ter exagerado” na redução da atribuição de prestações e de pensões por incapacidade, declarando que havia ordens do Governo para que “essas prestações não fossem atribuídas”.

Na passagem por Valongo, no concelho do Porto, onde visitou a feira semanal, a candidata presidencial foi confrontada com o queixume de uma mãe inconformada de um filho de 42 anos que sofre de esquizofrenia e a quem a Segurança Social lhe retirou a pensão. Num apelo tocante, a mulher relatou as dificuldades económicas em que ela e o seu filho vivem desde que a Segurança Social lhe retirou a pensão que lhes assegurava a sobrevivência. O presidente da Câmara de Valongo, José Ribeiro, confirmou a situação e assegurou que este caso já está sinalizado e que tem merecido a preocupação da autarquia e de outras entidades.

Sensibilizada com o sofrimento daquela mãe, a candidata acusou a Segurança Social de “dificultar demasiadamente a atribuição das pensões por incapacidade, só porque havia muitos abusos”. “Acho que se exagerou relativamente a isso e houve imensos casos que chegaram até mim de pessoas que tinham doenças graves incapacitantes e que as juntas médicas diziam que as pessoas estavam aptas”, revelou, denunciando que “havia grandes descoincidências entre os relatórios que eram apresentados e a decisão da junta médica, porque a ordem que havia era para não atribuir prestações ou pensões por incapacidade”.

Ao longo da visita à feira de Valongo, onde foi bem recebida e reconhecida por toda a gente, Maria de Belém ouviu muitas pessoas a queixarem-se do custo de vida e das dificuldades em que vivem e para todas teve uma palavra de conforto e de encorajamento. “Faça alguma coisa por nós. As mulheres também têm de ir para o poder”, atirava uma mulher de saco de compras na mão.

À chegada à feira, o presidente da Câmara surpreendeu a candidata presidencial presenteando-a com uma enorme regueifa onde se lia: “Maria de Belém a Presidente”. Na ocasião, disse que era para lhe dar sorte, recordando que a última regueifa que ofereceu foi a António Costa e hoje ele é primeiro-ministro. O nome de António Costa voltaria a ser proferido mais à frente depois de a candidata ter trocado umas palavras com um idoso que se passeava pela feira. No final, em tom de graça, deixou esta tirada: “António Costa vem para o Porto, porque faz das derrotas vitórias, numa alusão ao momento menos bom do FC do Porto.

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