Jorge Sequeira diz que é preciso varrer o que Portugal tem de torto

Candidato presidencial em campanha no Porto.

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Jorge Sequeira (primeiro à direita na foto) Daniel Rocha

O candidato presidencial Jorge Sequeira pegou nesta quinta-feira numa esfregona numa instituição que acolhe crianças em risco no Porto e disse que era preciso varrer o que Portugal “tem de torto” para se poder mudar o mundo.

“Às vezes, é preciso varrer o que neste país tem de torto, de menos justo, de menos adequado, de menos solidário. Varrer este país da injustiça, de miséria, de desgaste, de desgraça, de desânimo, de resignação, porque se quisermos mudar o mundo temos de começar por varrer a soleira da nossa porta”, declarou o candidato e professor Jorge Sequeira, no seu quinto dia de campanha.

Durante a visita que realizou esta tarde à Obra do Frei Gil, uma Instituição Particular de Solidariedade Social que tem como objectivo essencial o acolhimento, educação e integração social das crianças e jovens, Jorge Sequeira classificou o sítio como “incrível” e prometeu servir de “ponte” junto do Governo para ajudar crianças em risco.

“Quem executa é o Governo e o Presidente é que pode fazer a ponte. (…) Nenhum presidente tem uma varinha de condão e um toque de Midas para transformar as pedras em ouro, mas tem a sua voz para se fazer ouvir, como o que eu estou aqui a dizer, que se pode fazer muito mais por estas crianças e que se podem alocar muitos mais recursos (…) a estes miúdos que podem mudar o mundo”, disse o candidato à presidência.

Jorge Sequeira assumiu que, como Presidente da República, seria um “afável provedor dos cidadãos”.

“Afável. Carinho, afecto, ternura. Às vezes, isso vale milhões, já vi muita gente cheia de dinheiro no bolso e a ressacar por um abraço”, disse Jorge Sequeira, que revelou ter 30 euros para a campanha eleitoral de hoje e mostrar ao país uma obra “excepcional” como a Obra do Frei Gil.

Jorge Sequeira considerou que as crianças são o futuro e que Portugal está a dar cabo do presente, porque “há jovens que têm de sair deste país, carregadinhos de talento, cheios de energia, com um potencial enorme (…), gente muito boa”.

O candidato admitiu, com voz trémula, ter ficado sem pai quando era criança e reconheceu que sabia o que custava estender uma mão e ter “uma mãe de um lado e a outra ficar a abanar”, reconhecendo que aqueles miúdos institucionalizados na Obra do Frei Gil, “se calhar, tiveram as duas mãos a abanar”.

“Ainda bem que alguém pegou nelas”, concluiu.

As próximas eleições para eleger o Presidente da República realizam-se a 24 de Janeiro de 2016.

 

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