Jorge Sequeira quer uma “gestão responsável” em Portugal

Candidato arranca campanha num evento de uma marca automóvel.

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Jorge Sequeira (primeiro da direita) Daniel Rocha

O candidato presidencial Jorge Sequeira, que arrancou a campanha num evento de uma marca automóvel, quer uma "gestão responsável" em Portugal e defende um presidente da República "auditor" do programa do Governo sendo um "afável provedor dos cidadãos".

À margem de um evento no qual era orador, em Guimarães, em declarações aos jornalistas, o professor da Universidade do Minho afirmou que há "demasiado poder dos partidos" na sociedade e alertou que Portugal "corre o risco" de voltar a eleger um presidente da República de "facção".

Sozinho no primeiro momento oficial de campanha, como reconheceu, Jorge Sequeira apontou baterias contra Marcelo de Rebelo de Sousa, Maria de Belém e Sampaio da Nóvoa alertando que não são "verdadeiramente independentes" porque estão ligados a partidos políticos.

"Quero trazer para Portugal uma gestão responsável", afirmou o candidato para quem o Presidente da República "deve ser um afável provedor dos cidadãos e um atento auditor da governação".

Sobre como desempenhará o cargo, se for eleito, Jorge Sequeira prometeu atenção.

"O Governo não pode governar como quer e lhe apetece, prometer determinadas coisas e não as cumprir, tem que haver responsabilização. Não é preciso mais leis, nem aumentar o poder do Presidente. O que é preciso é que o Presidente tenha persuasão, seja credível", apontou.

Questionado se demitiria um Governo que não cumprisse aquilo que prometeu, o candidato mostrou-se a favor da tolerância.

"Sou um homem tolerante, sei que temos que ter alguma condescendência, não podemos ser tao radicais e extemporâneos e à primeira escorregadela deitar abaixo, senão nunca teríamos governo", explicou.

Quanto ao papel dos partidos políticos na sociedade portuguesa, para Jorge Sequeira, "os partidos foram importantes na consolidação da democracia em Portugal, alguns com o próprio sangue" mas, aponta, "há demasiado poder dos partidos em toda a estrutura".

Assumindo-se como militante do "partido da honestidade e do trabalho", o professor considera que só há "duas ou três" candidaturas independentes entre as dez apresentadas.

"O lobo não passa a ser carneiro só porque lhe veste a pele. Não é só Marcelo e Sampaio da Nóvoa e Maria de Belém dizerem que são independentes para passarem a ser independentes", apontou.

"Nenhum deles é verdadeiramente independente. Maria de Belém se não fosse o PS ninguém sabia quem ela era, o PSD para Marcelo Rebelo de Sousa e Sampaio da Nóvoa como se sabe tem o apoio da esquerda", alertou.

Por isso, avisou, "corre-se o risco de o Presidente da República voltar a representar apenas uma facção de Portugal, a esquerda, se ganhar Sampaio da Novoa ou Maria de Belém, e a direita se ganhar o professor Marcelo de Sousa".

Jorge Sequeira explicou ainda porque aparece sozinho na primeira acção de campanha, marcada para o final de um evento de uma marca automóvel, durante o qual discursou.

"Estou sozinho aqui porque se tivesse dinheiro pegava num autocarro, dava bandeiras às pessoas, pagava um piquenique, porque é isso que fazem os partidos, era super fácil. Mas eu entrei nesta campanha com a convicção que podemos fazer diferente", adiantou.

 

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