IGCP prevê emitir até 20 mil milhões de Obrigação do Tesouro em 2016

Estimativa para o financiamento do Estado pelos privados ascende a 1700 mil milhões de euros.

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Financiamento do Estado conta um contributo das famílias portuguesas. Susana Vera/Reuters

A estratégia de financiamento do IGCP, a agência que gere a dívida pública, contempla a emissão entre 18 e 20 mil milhões de euros de Obrigações do Tesouro (OT)  e prevê uma contribuição positiva de 1,7 mil milhões de euros de produtos de retalho.

O montante previsto para a contribuição dos privados fica muito abaixo das estimativas fixadas para 2017, que apontavam para 3800 milhões de euros, montante que, no entanto, não será atingido.

Os produtos de retalhos são os Certificados de Aforro e Certificados do Tesouro Poupança Mais. Há que contar ainda com o novo instrumento (Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável) que deverá ser lançado este ano, se as condições do mercado o permitirem.

De acordo com um comunicado do IGCP, a emissão de OT será realizada através da combinação de “sindicatos e leilões, assegurando, no mínimo, um leilão por trimestre”.

O programa de financiamento, aprovado pelo Ministério das Finanças, refere que “o financiamento líquido resultante da emissão de Bilhetes do Tesouro (BT) resultará num impacto nulo”, acrescentando que “será mantida a estratégia de emissão ao longo de toda a curva, combinando prazos curtos com prazos longos”. Neste segmento, a agência prevista por Cristina Casalinho ”manterá a realização de leilões mensais de BT na 3ª quarta-feira de cada mês e, se a procura de investidores o justificar, pode usar também a 1ª quarta-feira”.

O programa salvaguarda que, “como habitualmente, o IGCP manterá flexibilidade para introduzir na execução deste programa os ajustamentos que se venham a revelar necessários face à evolução dos mercados e das necessidades de financiamento ao longo do ano”.

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