O Santiago Bernabéu não perdoa nem mesmo com goleada histórica

Dez golos do Real Madrid frente ao Rayo Vallecano, que jogou com nove durante uma hora, na maior goleada desde 1960.

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O avançado português marcou dois golos na goleado do Real Madrid ao Rayo Vallecano. Foto: Juan Medina/Reuters

Depois de, nesta época, já ter derrotado com goleada o Malmo, Betis, Espanyol e Shakhtar, foi a vez de o Rayo Vallecano ser derrotado por 10-2, com póquer de Bale, hat-trick de Benzema, bis de Cristiano Ronaldo e um golo de Danilo. Mas nem o triunfo folgado levou os adeptos merengues a perdoar os seus. Começaram por assobiar Benítez, apontado como grande culpado pelo mau momento que atravessa o clube — nomeadamente por causa da goleada sofrida em casa diante do Barcelona e a derrota do fim-de-semana passado frente ao Villareal —, não festejaram os golos em uníssono, abandonaram as bancadas antes do apito final e ainda ameaçaram com uma vaia no final da partida, segundo descrevia ontem o jornal espanhol Marca.

O jogo até começou bem para o Real, com Danilo a abrir o marcador aos 3’, mas o Rayo, que tinha entrado melhor no jogo, não tardou a reagir. Amaya empatou aos 10’ e dois minutos depois foi a vez de Jozabed marcar o golo da vantagem. O clima azedou ainda mais no Santiago de Bernabéu.

Só que aos 14’, Tito foi expulso após uma dura entrada sobre Kroos e, aos 28’ menos um em campo para o Rayo: o árbitro assinalou grande penalidade e expulsou Baena por um suposto empurrão a Sergio Ramos. Entre as duas expulsões, Bale marcou o golo do empate (25’) e Cristiano Ronaldo ficou encarregue de converter, com sucesso, o penálti (30’).

O Real foi ficando cada vez mais solto no ataque e começou a esboçar-se a goleada. Antes do intervalo, Bale (42’) fez o 4-2 e estava dado por terminado o momento feliz do Rayo, que foi para o balneário com a sensação agridoce de ter dominado a partida enquanto o número de jogadores esteve equilibrado. Com menos dois, ficava por definir apenas o número de golos quando soasse o apito final.

Benzema fez um hat-trick na segunda metade do jogo (48’, 79’ e 90’), Cristiano Ronaldo fez o 6-2 aos 54’ e Bale marcou mais dois (61’ e 70’). Uma goleada fácil para uma equipa que ainda não conquistou a confiança dos adeptos.

O Atlético de Madrid falhou o assalto ao primeiro lugar em Málaga. Gabi foi expulso aos 56’ e Godín marcou na própria baliza o golo da vitória dos locais, a quatro minutos do final da partida depois de um remate de Charles.

Em Inglaterra, o Liverpool saiu derrotado por 3-0 da visita ao terreno do recém-promovido Watford, de Quique Flores. Nathan Aké (3’) e Bogdán (15’ e 85’) marcaram os golos dos locais. Terceira derrota consecutiva para o Liverpool e quarto triunfo seguido para o estreante da Premier League.

Em Itália, a Fiorentina de Paulo Sousa venceu o Chievo por 2-0, com golos de Nikola Kalinic (20’) e Josip Ilicic (32’), e está agora mais próxima do líder Inter de Milão, que perdeu em casa por 2-1 frente à Lazio. Icardi marcou o único golo do Inter. Já a Juventus somou a sétima vitória consecutiva, ao bater o Carpi (3-2) com golos de Mario Mandzukic (18’ e 41’) e Pogba (50’). Texto editado por Jorge Miguel Matias

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