Fundo J. C. Flower é o quinto interessado na posição do Estado no Banif

Houve seis propostas para fica com os 60% detidos pelo Estado.

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O fundo de investimento americano J. C. Flower é o quinto candidato à compra da posição do Estado no Banif, juntando-se aos bancos Santander e Popular, à Apollo e um fundo sino-americano, confirmou à Lusa fonte do sector financeiro. Desconhece-se, no entanto, os valores envolvidos, bem como as condições das ofertas (isto é, se implicam a retirada de alguns activos do perímetro do Banif).

Além dos espanhóis Santander e Popular, presentes no mercado bancário portugês, o fundo norte-americano Apollo, que comprou a seguradora Tranquilidade e esteve na corrida ao Novo Banco, também apresentou na sexta-feira uma proposta para ficar com o Banif.

Com sede em Nova Iorque, a J.C. Flower - liderada por Christopher Flowers, sócio fundador da Goldman Sachs -- também apresentou uma proposta ao banco e ao Estado português.

Este fundo dedica-se ao investimento no sector financeiro, tendo investido cerca de 13.000 milhões de euros (14.000 milhões de dólares) num portefólio de 32 empresas em 14 países, desde 2001.

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Segundo fonte do mercado financeiro, na corrida à compra da posição pública no Banif, de 60,5%, está ainda um fundo sino-americano, ligado ao Haitong Bank, que há um ano comprou o BES Investimento ao Novo Banco.

Neste momento, ainda se desconhece a identidade do grupo que fez a sexta proposta de aquisição, e cujo prazo de entrega terminou esta sexta-feira, às 20 horas. Cerca de uma hora depois, o Banif publicou um comunicado onde referia que, no âmbito do processo de escolha de um investidor estratégico para adquirir a participação detida pelo Estado, tinham sido recebidas, até essa data, seis propostas de aquisição, “as quais irão agora ser cuidadosamente analisadas pelo banco e pelo Estado Português”.

No final de Dezembro de 2012, o Estado aplicou 700 milhões de euros no capital social do banco, a que se somaram mais 400 milhões de euros de empréstimo de capital contingente (os chamados Coco). Deste último valor, ainda faltam pagar 125 milhões de euros ao Estado, que já deviam ter sido reembolsados. Quanto aos 700 milhões em causa, é cada mais evidente que haverá uma perda para o Estado, faltando conhecer o valor exacto da factura a pagar pelos contribuintes.

As acções do Banif fora suspensas pelo regulador do mercado de capitais na quinta-feira à tarde, antes do fecho da bolsa, enquanto se aguardava a comunicação de um facto relevante sobre “o processo de venda voluntária” de capital do banco. O regulador ainda não comunicou quando é que as acções podem voltar a ser negociadas.

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