CEO do Banif diz que banco tem posição de "liquidez confortável"

Jorge Tomé diz que "depositantes e contribuintes podem estar descansados".

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Jorge Tomé, presidente executivo do Banif Enric Vives-Rubio

O presidente executivo do Banif, Jorge Tomé, sublinhou na segunda-feira à noite que o banco conta com uma posição de "liquidez confortável", garantindo que "os depositantes e contribuintes podem estar descansados".

Em entrevista à RTP-Madeira, Jorge Tomé classificou de "disparate perfeito" um cenário de encerramento do banco, transmitindo uma mensagem de confiança aos depositantes da instituição.
"A minha mensagem, hoje, é uma mensagem de serenidade e tranquilidade para todos os clientes do banco", acentuou.

Jorge Tomé assegurou que a negociação para a venda da instituição está a "correr muito bem", recordando que este é um processo "estruturado" e avançando que há seis investidores internacionais a analisar a situação do banco. O banqueiro admitiu que a notícia de um eventual encerramento veio "perturbar todo um processo estruturado que está em curso, em que a posição do Estado está a ser vendida".

Quanto ao reembolso da última tranche do capital contingente (Cocos) (de 125 milhões de euros), que deveria ter sido feita no início do ano, mas não foi, o presidente executivo do Banif justificou-a com o colapso do BES, que 'contaminou' a instituição. "Teve um impacto bastante negativo no Banif, foi por isso que o Banif não pagou esta última tranche dos chamados Cocos de 125 milhões de euros", declarou ainda Jorge Tomé na entrevista à RTP Madeira.

As acções do Banif perderam na segunda-feira mais de 40% na bolsa de Lisboa, depois das notícias de que o Governo está a tentar encontrar uma solução para o banco ainda esta semana.
 

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