Activistas angolanos, um novo braço-de-ferro

O caso dos activistas angolanos volta a agravar-se. Primeiro foram os protestos e greves de fome, que Luaty Beirão prolongou quase ao extremo, contra a sua detenção nas prisões para lá do prazo legal; agora, com o julgamento a decorrer, a greve de fome volta a ser usada contra o arrastamento do próprio julgamento. Detidos há quase seis meses, e envolvidos em demoradas sessões de tribunal, o que os activistas querem é que o julgamento, que dura há quatro semanas, acelere e chegue rapidamente ao fim. Mas, pelos vistos, nem o regime nem a justiça angolana parecem ter pressa. E isso está a conduzir a novo braço-de-ferro: novas greves de fome, uma delas a assumir formas de quase suicídio (não ingestão de alimentos ou mesmo de água) e uma clara exigência, que “isto acabe, para o bem ou para o mal”. É, de novo, pisar do fio da navalha. Arriscado mas corajoso, para quem, no banco dos réus, só tem como armas o pensamento e a própria vida.

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