A polícia italiana anunciou esta quinta-feira uma operação conjunta contra uma rede jihadista europeia que planeava diversas acções para tentar obter a libertação do seu líder, um pregador curdo iraquiano detido na Noruega.

Os mandados de captura diziam respeito a 17 pessoas, 16 curdos e um kosovar: seis foram presos em Itália, quatro no Reino Unido, três na Noruega, enquanto alguns elementos do grupo estarão no Iraque e na Síria a combater nas fileiras do grupo Estado Islâmico.

O centro de coordenação desta operação encontrava-se em Haia, na sede da Eurojust, organização de cooperação judiciária da União Europeia, que, em comunicado, felicitou-se pela “excelente cooperação entre as autoridades nacionais implicadas”.

Segundo os investigadores, as pessoas agora detidas são discípulos de Najmuddin Ahmad Faraj, conhecido por mullah Krekar, um pregador fundamentalista de 59 anos, residente na Noruega desde 1991 e que foi preso por ser considerado uma ameaça à segurança nacional. Enfrenta um processo de expulsão para o Iraque que não foi cumprido porque nesse país enfrentaria a pena de morte.

“O que é importante é que desmantelámos uma célula integrada que estava activa em Itália, Reino Unido, Noruega, Suíça, Finlândia e Alemanha”, disse aos jornalista o general Giovanni Governale, responsável do Grupo de Operações Especiais da polícia italiana.

A rede desenvolvia a sua actividade na Internet com o objectivo de recrutar jihadistas para combaterem no estrangeiro. Entre outros planos, tinham como objectivo raptar diplomatas noruegueses para servirem como moeda de troca para a libertação do mullah Krekar.