YouTube avança para realidade virtual

Utilizadores dos óculos Google Cardboard podem ver todo o conteúdo em 3D e, em alguns casos, rodar a imagem, como se estivessem no local onde o vídeo foi feito.

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O Google criou óculos em cartão para tentar massificar o uso da tecnologia Robert Galbraith/Reuters

O maior site de vídeos decidiu incluir funcionalidades de realidade virtual, uma tecnologia que não é nova, mas que tem entusiasmado várias empresas recentemente. A aplicação para Android do YouTube passou agora a suportar este tipo de vídeos, que podem ser vistos com os Google Cardboard, os óculos de cartão desenvolvidos pelo Google.

O YouTube incluiu duas novas funcionalidades. Uma delas permite a publicação de vídeos com sensação de profundidade e que cuja imagem pode ser rodada em todas as direcções, simulando que o utilizador está no local onde as imagens foram captadas. Foi concebida para ser usada com os óculos Cardboard, mas a rotação também pode ser feita em qualquer ecrã – por exemplo, usando o rato do computador.

A segunda funcionalidade transforma todos os vídeos actuais em conteúdo tridimensional quando vistos com aqueles óculos, embora seja impossível rodar a imagem e alterar o ponto de vista, o que torna a experiência menos imersiva e aquém do que pode ser considerado realidade virtual.

Para usar estes novos tipos de vídeo, o utilizador precisa de uns óculos Cardboard. Trata-se de um modelo de óculos que permite imagens tridimensionais e que é feito por várias empresas a partir do modelo inicial criado pelo Google, com o objectivo de tentar massificar o uso da tecnologia. A maioria mantém a ideia original de uma estrutura em cartão, na qual pode ser colocado um smartphone em posição horizontal e para cujo o ecrã o utilizador olha através de lentes que permitem o efeito 3D. Alguns modelos custam um pouco menos de 20 euros. 

Os óculos de realidade virtual são um conceito com décadas, mas têm sido uma aposta recente de várias empresas, incluindo a Samsung, que desenvolve o seu próprio modelo, e o Facebook, que comprou em 2014 uma empresa do sector, chamada Oculus Rift.

Já nesta quinta-feira, o jornal americano The New York Times lançou uma aplicação móvel de reportagens de realidade virtual, que pode ser usada com os óculos Cardboard. O jornal estreia o formato com histórias de crianças que tiveram de fugir de situações de conflito.

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