Sondagem: direita cresce, mas negociações à esquerda não penalizam PS

António Costa perde na avaliação da sua liderança e Catarina Martins destaca-se, segundo estudo da Eurosondagem para o Expresso e SIC.

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Nesta sondagem, o PSD e o CDS sobem 2,2 pontos percentuais face às eleições de 4 de Outubro Daniel Rocha
António Costa pretende ser presidente da AML
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António Costa pretende ser presidente da AML Enric Vives-Rubio

Se as eleições legislativas fossem hoje, como seria o sentido de voto dos portugueses? A vitória continuaria a ser da coligação Portugal à Frente, que somaria até mais votos e ficaria mais perto da maioria absoluta, e os socialistas segurariam, com um ligeiro aumento na ordem dos 0,1 pontos percentuais, o resultado do sufrágio de 4 de Outubro. Estes são alguns dos dados de um estudo da Eurosondagem para o Expresso e SIC, divulgado nesta sexta-feira.

A coligação de direita Portugal à Frente (PaF) sobe 2,2 pontos percentuais face ao resultado das eleições, ficando com 40,8% (nas legislativas, juntando o resultado da coligação e dos casos em que PSD e CDS concorreram separados, tinha somado 38,6%). Apesar disso, o cenário que possibilita que haja negociações à esquerda manter-se-ia, ou seja, socialistas, bloquistas e comunistas continuam a somar mais votos do que a direita.

É que, apesar de toda a tinta que as negociações do PS com os partidos à sua esquerda – Bloco de Esquerda e PCP – têm feito correr, os socialistas têm nesta sondagem uma projecção de 32,5%, próxima dos 32,3% que obtiveram nas eleições de 4 de Outubro.

A esquerda mantém, de uma forma geral, os votos, embora com ligeiras variações negativas. De acordo com os quadros publicados no site do Expresso, o Bloco de Esquerda surge com 10%, uma ligeira variação negativa na ordem dos 0,2 pontos percentuais em relação ao resultado de Outubro. A CDU teria 8%, uma diminuição a rondar os 0,3 pontos percentuais. Nesta sondagem, os outros partidos e os brancos e nulos somam 7,2% (menos 1,9 pontos percentuais), enquanto o partido PAN soma 1,5%, um aumento de 0,1 pontos.

No entanto, se o PS não sairia, segundo este estudo, penalizado, já o mesmo não se pode dizer do seu secretário-geral. Embora mantendo um saldo positivo de 14,8 pontos (35,4% de avaliação positiva e 20,6% negativa), António Costa não sai ileso, descendo 7,6 pontos percentuais em comparação com o último barómetro.

A porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, continua a manter a popularidade e o reconhecimento que tem vindo a conquistar desde a campanha eleitoral: mantém a avaliação positiva, com 4,8 pontos (24,3% de avaliação positiva contra 19,5% negativa) e até cresce 3,4 pontos em relação ao último barómetro.

Quando aos outros líderes, o comunista Jerónimo de Sousa mantém o saldo positivo (5,1 pontos), mas desce 0,9. O líder do CDS, Paulo Portas, também continua a registar saldo positivo (10,3 pontos), mas desce igualmente, 0,8 pontos. O líder do PSD, Passos Coelho, segura o saldo positivo (0,5 pontos), mas tem uma diminuição de 0,5. O Presidente da República, Cavaco Silva, mantém igualmente o saldo, mas neste caso negativo (menos 5,7 pontos), descendo 4,6 em relação ao último barómetro.

Este estudo de opinião da Eurosondagem SA foi feito para o Expresso e SIC, entre 29 de Outubro e 3 de Novembro de 2015. As entrevistas foram realizadas por telefone, por entrevistadores seleccionados e supervisionados. O universo é a população com 18 anos ou mais, residente em Portugal continental, em casas com telefone fixo. A amostra foi estratificada por região (Norte – 20,3%; AM do Porto – 14,3%; Centro – 29%; AM de Lisboa – 26,7%; Sul – 9,7%), num total de 1036 entrevistas validadas. Foram feitas 1269 tentativas de entrevistas e em 233 destas (18,4%) as pessoas não aceitaram colaborar. A escolha do lar foi aleatória nas listas telefónicas e o entrevistado, em cada agregado familiar, aquele que fez anos há menos tempo, e desta forma aleatória resultou, em termos de sexo (Feminino – 51,4%; masculino – 48,6%), e no que respeita à faixa etária (dos 18 aos 30 anos – 16,3%; dos 31 aos 59 – 51,3%; com 60 anos ou mais – 32,4%). O erro máximo é de 3,04%, para um grau de probabilidade de 95%.

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