Faltou o “mínimo de solidariedade e humanidade” ao novo MAI, aponta Edgar Silva

Candidato presidencial apoiado pelo PCP defende que em situações como a vivida no Algarve é imperativo que os governantes estejam "do lado" das pessoas que são vítimas.

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Edgar Silva saliente que o seu opositor de direita "sempre esteve e está umbilicalmente ligado a todas as políticas que PSD e CDS impuseram” Daniel Rocha

O candidato presidencial do PCP considerou esta terça-feira que o novo ministro da Administração Interna, Calvão da Silva, pecou pela falta de "solidariedade e humanidade" nas declarações que fez na segunda-feira, em Albufeira, a propósito das cheias verificadas no Algarve.

"Como candidato à Presidência da República - e, se o povo assim quiser, através do voto, como Presidente da República -, não poderá haver outra atitude que não estar do lado das pessoas que são injustiçadas e vítimas destas situações. Há declarações que, lamentavelmente, não revelam o mínimo de solidariedade e de humanidade", disse o antigo padre e dirigente comunista Edgar Silva, após uma reunião com a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP), em Lisboa.

O responsável governamental da coligação Portugal à Frente (PSD/CDS-PP) utilizou expressões como "fúria da Natureza" para justificar o sucedido e afirmou que a única vítima mortal do temporal, em Boliqueime, "entregou-se a Deus", por exemplo, para além de ter dito que os comerciantes têm que aprender a lição e começar a fazer seguros. "A situação vivida pelas populações vítimas desta catástrofe só pode merecer total solidariedade, da parte de quem tenha o mínimo de consciência social e sensibilidade aos dramas humanos", declarou Edgar Silva.

O ministro Calvão da Silva disse também que a declaração do estado de calamidade pública "não é uma lei que se faz por qualquer coisinha". O presidente da câmara de Albufeira, Carlos Silva e Sousa, pediu, entretanto, que fosse decretado o estado de calamidade pública no concelho, devido aos "danos elevados" provocados pelas inundações de domingo.

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