Primeiro, as boas notícias: João Sousa está nas meias-finais do Valencia Open. Agora, a má: a vitória sobre Pablo Cuevas, impediu-o de poder participar no Masters 1000 de Paris, em que não teve entrada directa, o que o obrigava a disputar o qualifying, que se inicia neste sábado.

Mas certamente que Sousa (46.º ATP) não irá lamentar essa ausência, apesar de estar em grande forma. No terceiro encontro em Valência, o vimaranense realizou uma exibição consistente, servindo bem e anulando os cinco break-points que enfrentou durante a hora e meia que precisou para derrotar Cuevas (37.º), com um duplo 6-4.

"Acho que fiz uma excelente exibição, estive muito bem em todos os capítulos, serviço, resposta, direita, esquerda… joguei a um nível muito alto. Ainda por cima, os breaks que fiz foram cirúrgicos, em momentos muito importantes. Dá-me muita confiança", afirmou Sousa, que vai disputar a quinta meia-final esta época, diante de Vasek Pospisil (43.º). Os dois defrontaram-se uma única vez, em Maio, na ronda inaugural de Roland Garros, com Sousa a vencer os três sets (6-3, 7-6 e 6-1).

"O Pospisil gosta de jogar neste tipo de superfícies; da última vez em que nos defrontámos eu venci, mas cada encontro é diferente, as condições vão ser diferentes e espero um encontro difícil. Agora é recuperar bem; o Carlos tem sido uma ajuda muito importante esta semana", afirmou Sousa, referindo-se a Carlos Costa, o fisioterapeuta que o acompanha.

O número um português procura a quarta final esta época, depois de Genebra, Umag e São Petersburgo. Para Pospisil, esta é a primeira meia-final nos últimos 14 meses – perdeu na final de Washington, em Agosto de 2014. Ontem, o canadiano, quarto-finalista em Wimbledon, eliminou Daniel Brands, com um duplo 6-3. Ao contrário das duas rondas anteriores em que somou 22 ases, Brands não logrou nenhum, além de não ter aproveitado qualquer das quatro ocasiões de break.