PSD renuncia ao mandato e São João da Madeira terá eleições intercalares

Presidente da câmara recandidata-se, pede maioria para governar, e volta a acusar oposição de “bloqueios sucessivos”

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Ricardo Figueiredo, presidente da câmara, volta a apontar o dedo à postura da oposição Adriano Miranda

A lista do PSD na Câmara de São João da Madeira renunciou em bloco ao mandato autárquico. O anúncio foi feito esta segunda-feira de manhã, no salão nobre da autarquia, numa comunicação dirigida à cidade. Ricardo Figueiredo, presidente da câmara, volta a apontar o dedo à postura da oposição e anuncia a sua recandidatura. O autarca pede condições para cumprir o programa que foi sufragado pela população são-joanense nas eleições de 2013. “Queremos renovar a legitimidade democrática, criar condições para ir em frente, com uma maioria para podermos governar e fazer São João da Madeira avançar, como os sanjoanenses exigem e é seu timbre”, afirma.

“As forças da oposição revelaram não buscar o entendimento, mas antes optaram por fazer uma coligação negativa de bloqueio à câmara e à cidade”, acusa Ricardo Figueiredo. O presidente da câmara volta assim a criticar as atitudes da oposição e acusa-a de “bloqueios constantes e sucessivos”, tal com tinha feito num comunicado escrito na quarta-feira da semana passada. “Esta é uma situação nunca vista, grave a anómala na história de São João da Madeira. Nunca na história da nossa cidade autarcas eleitos impediram sistematicamente a realização de importantes projectos e impediram a cidade de avançar”, sublinhou esta segunda-feira, adiantando que, desde o início do mandato, a “oposição camarária já bloqueou investimentos de mais de 10 milhões de euros”, dos quais quatro milhões de financiamento comunitário "a fundo perdido que assim foram desperdiçados". “Tais bloqueios sucessivos configuram uma estratégia deliberada e persistente desta oposição para paralisar a câmara”, diz.

A formalização da renúncia do PSD será feita na próxima quarta-feira. São João da Madeira terá eleições intercalares e até lá será gerida por uma comissão administrativa que o Governo terá de nomear. É previsível que dentro de dois meses, os são-joanenses voltem às urnas. Recorde-se que, neste momento, o PSD tem três elementos eleitos, o PS tem o mesmo número e há ainda um vereador independente.

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