Um regresso ao Coliseu com os básicos de Fátima Lopes

Ao segundo dia da 37.ª edição do Portugal Fashion, a noite foi dos veteranos Júlio Torcato, Anabela Baldaque, Elsa Barreto ou Fátima Lopes.

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Pedro Pedro Diogo Baptista
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Fátima Lopes Diogo Baptista
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Fátima Lopes Diogo Baptista
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Julio Torcato Diogo Baptista
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Ana Baldaque Diogo Baptista
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Ana Baldaque Diogo Baptista
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Ana Baldaque Diogo Baptista
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Elsa Barreto Diogo Baptista
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Fátima Lopes Diogo Baptista
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Fátima Lopes Diogo Baptista

Mulheres adultas, homens com novas formas e básicos vestíveis fizeram o segundo dia do Portugal Fashion, já no Porto. Pedro Pedro criou mais coordenados para marcar a diferença entre as apresentações de Lisboa e Porto e Júlio Torcato estreou-se no desenho de coordenados femininos num dia em que a veterana Elsa Barreto se estreou no evento e Fátima Lopes apresentou a sua segunda linha.

Nos bastidores de Fátima Lopes, ao início da noite quinta-feira, as modelos experimentam sapatos e a criadora vai dando um olhinho, entre entrevistas. A apresentar-se em Portugal há 23 anos, Fátima Lopes não encheu a sala mas foi quem levou mais público ao Coliseu do Porto – palco que o Portugal Fashion já tinha tentado pisar, em Setembro de 1996, mas nunca concretizou a sua passerelle devido a um incêndio horas antes do desfile – na segunda noite do 37.º Portugal Fashion, com a sua segunda linha FL, casual, a complementar a marca Fátima Lopes, mais sofisticada.

“A empresa mudou de estratégia”, diz ao PÚBLICO Fátima Lopes, em alusão não só às t-shirts básicas penduradas em cabides mas às próprias apresentações internacionais – a criadora, “a primeira portuguesa que foi para Paris sozinha”, refere, mostrou a sua colecção Primavera/Verão 2016 na capital francesa sem o apoio do Portugal Fashion, no início de Outubro. “Foi uma decisão voltar às origens”, diz, sem fazer mais comentários. 

Simplicity is the key to brilliance (“a simplicidade é a chave para brilhar”) é o nome de uma colecção que marca “uma volta de 180 graus” e confirma uma tendência internacional que Fátima Lopes adoptou há um ano: as peças já não são só para espectáculo, são para vestir directamente. “Não deixa de ser criativo mas é pensado para vender”, explica sobre a segunda linha FL, apresentada primeiro em Paris e agora pela primeira vez em Portugal e à venda exclusivamente online, que não precisa de transformar para comercializar. Para o Verão 2016, Fátima Lopes tem plissados discretos, detalhes gráficos, ombros e costas nuas e os tons pretos e branco conjugados com “a acidez da hortelã-maçã e a frescura do lilás” e “toques dourados refinados”, descreve a criadora no descritivo desta colecção. E fatos de banho e uma terceira colecção de sapatos “para todos os gostos”.

Ainda ao final tarde, a inaugurar o palco do Coliseu do Porto como passerelle de desfiles mas com os balcões principais vazios, Pedro Pedro trouxe a sua Lady in Question e deixou a “miúda cool” das últimas estações – há vestidos mais sofisticados, cetins, redes e brilhos em cores sóbrias, entre o preto e o azul-marinho. “É uma mulher muito mais adulta, sexualizada”, que “cresceu” em relação às estações anteriores e deixou o sportswear de lado.

À colecção, já apresentada na ModaLisboa há duas semanas, acrescentou mais coordenados para evitar repetições excessivas. “São duas apresentações diferentes, quis vincar isso”, diz ao PÚBLICO momentos depois do desfile. “A minha mente nunca pára e estas duas semanas de intervalo deram-me tempo para criar mais peças. Vou tentar sempre não repetir muitas”, continua o designer que regressou a estação passada às apresentações no Porto, oito anos depois, frisando ainda que o público “é diferente” da ModaLisboa – “há uma faixa que se toca mas são mercados diferentes” – mas complementar entre si.

Seguiu-se-lhe outro veterano, Júlio Torcato, com duas novidades – homens com “novas formas” e mulher. Em três actos, o primeiro grupo de homens de Torcato foi liderado pelo cabeleireiro Miguel Viana, com t-shirts pretas compridas e calções e o terceiro pelo stylist Nelson Vieira. Pelo meio, Vera Deus, ex-modelo, inaugurou as silhuetas femininas de Júlio Torcato, de silhuetas pretas longas. “Fazer mulher envolve uma filosofia diferente em termos de formas e de tecidos”, diz o criador aos jornalistas. Uma primeira incursão no mundo feminino com apenas sete coordenados para testar o mercado.

Anabela Baldaque trouxe uma explosão de cor, flores, folhos, brilhos e formas à passerelle, em homenagem aos seus 30 anos de carreira – uma colecção Em nome próprio que “dá espaço para que a personalidade de quem a veste brilhe”. Já a veterana Elsa Barreto, com 25 anos de carreira, mas estreante no evento, envolveu as suas mulheres em vestidos de cocktail, de noite e macacões elegantes pretos e brancos. O amarelo deu cor ao Verão da criadora de Braga, que teve também redes brilhantes ou padrões fluidos que alongaram silhuetas. 

Esta sexta-feira é a vez da segunda linha de Ricardo Preto, o desfile-instalação de Katty Xiomara e a sua colaboração com a Sportzone, ou Miguel Vieira. O Portugal Fashion prolonga-se até sábado, no Porto.

A jornalista está hospedada a convite do Portugal Fashion

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