Amazon processa mais de mil pessoas por recomendações falsas a produtos

Empresa alega que está ser prejudicada por comentários "enganosos" que descredibilizam o seu site.

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A Amazon iniciou a sua própria investigação para tentar identificar os autores dos comentários falsos Karen BLEIER/AFP

A Amazon avançou com um processo judicial em Washington, EUA, contra 1114 pessoas que acusa de terem publicado no seu site recomendações falsas pagas por vendedores para que os seus produtos se tornassem mais apelativos junto dos utilizadores da página do gigante do comércio online.

A queixa apresentada pela Amazon argumenta que a empresa está ser prejudicada por recomendações “falsas, enganosas e inautênticas” pagas a pessoas cujos nomes verdadeiros não são ainda conhecidos.

Segundo a Amazon, essas pessoas oferecem serviços de recomendações fabricadas em troca de pouco mais de cinco dólares no Fiverr.com, um site onde se vendem bens ou serviços, garantindo que os produtos a que se dirigem terão classificações máximas apesar de não os terem experimentado.

O gigante do comércio online alega que, “apesar de serem em pequeno número, as recomendações podem ameaçar significativamente a confiança que os consumidores e a grande maioria dos vendedores e fabricantes depositam na Amazon”.

A Amazon adianta que lançou uma investigação para determinar as identidades associadas aos nomes fictícios criados online e os danos sofridos com este tipo de comentários. A empresa diz que, até agora, concluiu que os comentadores falsos tentam evitar ser interceptados ao utilizar várias contas de moradas de IPs exclusivos.

A Forrester Research, empresa especializada em estudos de mercado na área da tecnologia, indica que cerca de 45% dos consumidores têm conta os comentários a produtos quando pretendem efectuar uma compra online. Dois terços dos consumidores confiam nas opiniões expressas online, indica, por sua vez, a Nielsen, empresa que recolhe informação sobre tendências de compra e hábitos de utilização dos media.

Empresas como a Amazon utilizam algoritmos e equipas de investigadores para qualificarem recomendações e impedir a entrada de comentários suspeitos. Na maioria dos casos, apenas os utilizadores que pagaram por um produto ou serviço e que passam pelo processo de verificação é que podem publicar comentários.

Há seis meses, a Amazon processou vários sites que ofereciam recomendações sobre produtos vendidos online. Agora, o alvo da empresa são os próprios autores dos comentários, neste caso os que têm contas no Fiverr.com.

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