Twitter prepara-se para dispensar mais de 300 trabalhadores

Rede social prepara reestruturação e decidiu encurtar a sua equipa mundial de 4100 pessoas.

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Gerir a presença de empresas e marcas nas redes sociais como o Twitter pode ser bem pago Justin Sullivan/AFP

Perto de 8% da força de trabalho do Twitter em todo mundo, num total de 336 pessoas, vai ser dispensada no âmbito de uma restruturação da rede de microblogging. Esta decisão surge poucos dias depois de o co-fundador Jack Dorsey ter regressado à empresa para assumir o cargo de presidente executivo.

Numa carta enviada esta terça-feira aos trabalhadores, tendo como assunto “um Twitter mais focado”, Jack Dorsey explica que o lay off ocorre para que a empresa inicie um “caminho mais forte para crescer”.

Lembrando o lançamento na semana passada de Moments, uma funcionalidade que facilita o destaque das melhores e maiores histórias do dia que estão a circular na rede social, o presidente executivo afirma que passos “ousados” como esse vão permitir antecipar como as “pessoas vão ver o que se está a passar no mundo”.

Segundo Dorsey, os departamentos de engenharia e produtos vão realizar “as alterações estruturais mais significativas” para reflectirem os planos que o Twitter tem para o futuro. “Acreditamos fortemente que a engenharia vai andar mais depressa com uma equipa mais pequena e mais ágil, enquanto se mantém a maior percentagem da nossa força de trabalho”.

Com base neste processo, a direcção do Twitter tomou uma “decisão extremamente difícil” e vai dispensar 336 das perto de 4100 pessoas que trabalham na empresa em todo o mundo. A empresa indica que pretende reinvestir as suas economias nas suas prioridades mais importantes para impulsionar o crescimento.

"Isto não é fácil. Mas é o correcto. O mundo precisa de um Twitter mais forte e este é mais um passo para lá chegar", remata Dorsey no email enviado aos funcionários esta terça-feira.

O Twitter prevê que os custos com indemnizações dos trabalhadores oscilem entre os dez e os 20 milhões de dólares (8,7 e 17,5 milhões de euros) e os gastos com a restruturação entre os 5 e os 15 milhões de dólares (4,3 e os 13,1 milhões de euros). A empresa espera resolver estes encargos antes do final do ano.

Com cerca de 316 milhões de utilizadores mensais, o Twitter não tem correspondido às expectativas dos investidores. No segundo trimestre cresceu 15% em relação ao ano anterior, mas, apesar da subida, os números ficam muito abaixo do Facebook, que tem quase quatro vezes mais utilizadores. “Os nossos resultados do segundo trimestre mostram um bom progresso na monetização, mas não estamos satisfeitos com o nosso crescimento de audiência”, admitiu Jack Dorsey em Junho, quando assumiu interinamente o cargo que agora ocupa oficialmente.

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