Parlamento Europeu aprova “plano de emprego” para a Grécia

Quadro comunitário de apoio até 2020 para a Grécia mobiliza 35 mil milhões de euros.

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Na Grécia, a taxa de desemprego é de 25,2% Miguel Manso

O plano de emprego e crescimento para a Grécia, alicerçado na mobilização de fundos do quadro comunitário de apoio até 2020 no valor de 35 mil milhões de euros, foi aprovado nesta terça-feira pelo Parlamento Europeu.

Na Grécia, onde um quarto da população activa está desempregada (mais de 1,2 milhões pessoas) e onde a produção de riqueza encolheu mais de 25% em seis anos, o plano desenhado pela Comissão Europeia passa “relançar o emprego e o crescimento” passa pela aplicação das reformas do programa de resgate e pela “mobilização de fundos a favor do investimento e da coesão”.

As verbas desse plano, sublinhou a Comissão Europeia em comunicado, correspondem aos montantes que “já estão atribuídos ao país a partir do orçamento da UE para o período 2014-2020, ao abrigo dos Fundos Estruturais e de Investimento Europeus”. São 20 mil milhões de euros em fundos estruturais e os restantes 15 mil milhões em verbas de apoios à agricultura.

“O objectivo é permitir que a Grécia faça pleno uso dos fundos da UE e injectar liquidez na economia grega”, vinca o executivo comunitário.

O Parlamento Europeu deu luz verde a um “aumento de 7% no nível inicial do pré-financiamento para os programas da política de coesão”, o que representa um reforço destas verbas em mil milhões de euros.

“O Parlamento concorda que estas medidas excepcionais se justificam pela situação particular da Grécia”, porque faltam verbas públicas que garantam “o investimento necessário para impulsionar o crescimento e a criação de emprego”.

O Parlamento sublinha ainda o facto de as autoridades gregas terem garantido que verbas adicionais do quadro comunitário de 2007 a 2013 são usadas na totalidade pelos beneficiários dos programas operacionais na Grécia.

O plano pela criação de emprego foi apresentado pela Comissão Europeia a 15 de Julho, dias depois de conhecido o acordo com mais austeridade. Para que os fundos cheguem rapidamente à economia, Bruxelas pede uma “rápida execução” do plano agora aprovado no Parlamento Europeu.

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