Costa garante que défice não prejudica programa “sólido e credível” do PS

Cabeça de lista por Aveiro classifica défice como "maior lapso" da governação de Passos.

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Fotos Paulo Pimenta
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O candidato a primeiro-ministro, António Costa, reagiu esta quarta-feira aos números do INE sobre o défice elogiando o programa do PS por ter margem para gerir o desvio verificado com o adiamento da venda do BES.

“Nós, com este resultado, não temos de alterar nada no nosso programa”, assegurou Costa depois de lembrar que as do cenário macro-económico que suportou o programa eleitoral do PS tinha como base os valores para economia portuguesa da Comissão Europeia.

“O nosso programa mantém–se sólido, o nosso programa mantém-se credível”, rematou, já depois de concluir que o INE vinha “desmascarar a mentira que [PSD e CDS] quiseram construir”: “Esta despesa conta para o défice e temos um défice de 7,2%”, acusou.

Momentos antes, o economista Pedro Nuno Santos desafiara o primeiro-ministro a explicar aos portugueses a utilidade dos sacrifícios destes quatro anos depois do último relatório do INE ter colocado o défice num valor similar ao registado em 2011. “Os últimos números representam o fracasso da governação de Pedro Passos Coelho. É o seu maior lapso”, disse.

Em campanha por Aveiro, a liderança do PS deu o palco ao cabeça de lista pelo distrito, Pedro Nuno Santos, para reagir aos valores do indicador económico. E o líder distrital socialista aproveitou o relatório para questionar o legado do actual chefe do Executivo. “O défice está precsiamente nos mesmo níveis de 2011, Pedro Passos Coelho falhou as metas orçamentais em todos os anos”, disse antes de desafiar o líder do PSD a “assumir as suas responsabilidades”: “O que Pedro Passos Coelho tem de explicar agora aos portugueses é para que é que serviu a austeridade.”

Sobre as consequências para um futuro Governo, Santos reconheceu a “herança pesada” que a coligação deixava mais rejeitou a ideia de que a revisão em alta do défice pudesse vir a forçar o PS a reconfigurar as suas propostas eleitorais. “O ponto de partida é mais desafiante, mas as medidas do programa terão o mesmo efeito”, garantiu.

 

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