Depois de falhar Financial Times, Axel Springer quer comprar Business Insider

Negócio pode ser concretizado por cerca de 500 milhões de euros.

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Conglomerado alemão já detém os jornais Bild e Die Welt. AFP PHOTO / JOHANNES EISELE

A informação de que o conglomerado dos media germânico estaria a procurar aumentar a sua participação na Business Insider foi adiantada na semana passada pela revista alemã Manager, mas esta terça-feira os jornais especializados anunciam que em causa está a aquisição.

Em Janeiro, o grupo alemão que detém publicações como o tablóide Bild e o jornal de referência Die Welt tinha já comprado uma participação da Business Insider por 25 milhões de dólares (22,4 milhões de euros).

A estrutura accionista da publicação não foi divulgada, mas os números referidos pela Reuters e FT apontam para que a Axel Springer tenha comprado em Janeiro uma percentagem entre 7 e 8%. As contas da Business Insider também não são claras, mas a Recode refere que, em 2013, o último ano do qual há informações, as receitas chegaram a 20 milhões de dólares (17,97 milhões de euros).

A Business Insider é uma publicação online cujo enfoque incide principalmente em assuntos de economia e tecnologia, mas também procura angariar leitores com algumas notícias sobre celebridades.  

O fundador, presidente executivo e director da Business Insider, Henry Blodget, tem recusado comentar. Postura semelhante foi adoptada pela Axel Springer, que não tem prestado esclarecimentos.

Assim, a Axel Springer continua à procura de novas oportunidades de negócio, depois de em Julho ter perdido a corrida pela compra do Financial Times à Pearson para os japoneses da Nikkei. Os alemães mantiveram-se nas conversações até aos últimos dias da negociação, mas acabaram por ser ultrapassados pelos 1100 milhões de euros dos nipónicos.

Anteriormente, tinha vindo a público a tentativa por parte dos alemães de comprar o Huffington Post, propriedade da gigante norte-americana AOL, pelo que que a estratégia de aposta no online não é novidade. A edição europeia da Politico, uma publicação digital com origem nos Estados Unidos, é detida a 50% pela Axel Springer desde Dezembro de 2014.

Os últimos meses têm sido particularmente movimentados no que toca a negócios de compra e venda de publicações. Para além da compra do Financial Times pela Nikkei, a revista britânica The Economist ficou sob o controlo da família Agnelli e a National Geographic passou para as mãos da 21st Century Fox do magnata Rupert Murdoch, abandonando pela primeira vez o seu carácter não lucrativo.

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