A moda de Daniela Barros em Londres é vanguardista e experimental

Jovem designer portuguesa mostrou no sábado à noite uma colecção feminina em Londres, à margem da semana de moda da capital britânica, com o apoio do Portugal Fashion.

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Daniela Barros no final do desfile deste sábado Piers Cunliffe

Definir a identidade e o rumo estético e estrutural de uma marca é um desafio para um designer de moda mas faz parte de um processo “orgânico e natural”, acredita Daniela Barros. A portuguesa reafirmou o seu código genético no segundo dia da Semana de Moda de Londres, num novo palco paralelo à passerelle principal.

NKP_S2A, o nome da colecção Primavera/Verão 2016 apresentada este sábado a poucos metros da movida Carnaby Street, no coração de Londres, vai buscar inspiração ao livro The White Album, de Joan Didion, e quer reflectir sobre valores morais, vivências e atitudes, assim como reforçar a identidade de marca “experimental” e “um pouco vanguardista”. “Daí os novos materiais e as novas técnicas de os trabalhar”, diz ao PÚBLICO, fazendo também referência às peles de peixe (perca e salmão) conjugadas com materiais como a seda na colecção para este Inverno, apresentada em Fevereiro.

Tal como na sua primeira colecção resort - uma colecção intermédia, que não é de Primavera-Verão nem de Outono-Inverno, apresentada em Julho na plataforma Potsdam Now, integrada na Semana de Moda de Berlim -, a jovem privilegiou a ganga de várias lavagens, desde a mais puxada (mais branca) à crua, mas com técnicas diferentes. O primeiro coordenado a abrir a passerelle deu o ponto de partida para o resto da colecção – um top branco desfiado é afinal “denim completamente destruída”, revela no final do desfile. Depois do tom neutro “que transmite pureza”, apareceram negros, beges e azuis em tecidos de seda vintage japonesa (dos quimonos), algodão e detalhes em neopreno.

Ao contrário da colecção intermédia apresentada na Alemanha, esta é menos comercial – volta a carga mais arquitectónica, mais desconstruída, que a designer admite fazer já parte de um “processo natural”. E se a

resort

tem um processo de modelação mais rigoroso, esta é mais orgânica, com grande parte dos coordenados feitos directamente no manequim. “Permite explorar mais o lado experimental”, explica Daniela Barros, satisfeita pela curiosidade extra que a outra colecção atraiu para esta. “Quiseram ver se iria continuar na mesma linha ou se ia cortar completamente”, diz a designer sobre a sala cheia para assistir ao seu desfile na The Vinyl Factory, onde acontecem os restantes desfiles e mostras de instalações de moda de designers do evento-satélite On

Off, da Semana de Moda de Londres, admitindo que a linguagem das duas colecções é semelhante mas vista de um outro campo.

Daniela Barros gerou interesse da imprensa estrangeira, mas também de compradores, através da plataforma Fashion Scout, onde se apresentou três vezes. Esta estação mudou de palco – a On

Off, a plataforma onde agora deu a conhecer as novas propostas, é uma mostra independente de novos talentos criativos, criada em 2003 pelo artista, curador e designer Lee Lapthorne, e com desfiles dentro do calendário oficial (on) e fora (off). Embora esta estrutura tenha uma existência intermitente e pouca informação disponível sobre apoios concretos, a designer admite que foi uma mudança ponderada: “É um movimento diferente. É mais underground, um bocadinho mais a onda de Londres. E da mesma maneira que é aceitável criadores pararem uns tempos e depois voltarem, para se reinventarem, também pode acontecer com organizações”, diz ao PÚBLICO Daniela Barros. E reforça: é nesta semana de moda aberta e preparada para novos criadores que quer continuar.  

O PÚBLICO viajou a convite do Portugal Fashion

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