Meio-fundo em grande a fechar a Liga de Diamante

Habiba Ghribi impôs-se nos 3000m obstáculos, Homif Kejelcha brilhou na légua.

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Emmanuel Dunand/AFP

Terminou nesta sexta-feira à noite, no Estádio Rei Balduíno, com o meeting de Bruxelas, mais uma temporada da Liga de Diamante do atletismo, e com resultados que não indiciariam ainda o final de uma longa temporada, quase 15 dias volvidos sobre os Mundiais de Pequim. O destaque, ao contrário de boa parte da época, esteve nas disciplinas do meio-fundo.

Nos 3000m obstáculos femininos, a tunisina Habiba Ghribi teve um final fortíssimo e inverteu o resultado dos Mundiais face à queniana Hyvin Jepkemoi, que então ganhou. Com o sensacional tempo de 9m05,36s, passou a ser a segunda melhor de sempre, apenas atrás da russa Gulnara Gakina (8m58,81s nos Jogos de 2008), a única mulher a menos de nove minutos. Jepkemoi viu compensado o segundo lugar com um recorde pessoal de 9m10,15s.

Na légua masculina, e graças a uma volta final de 55,20s, o etíope Homif Kejelcha retocou o melhor tempo mundial do ano, que já era seu, por mais de quatro segundos, para 12m53,98s.

Tendo Usain Bolt, muito cansado, declinado a sua presença neste meeting, o americano Justin Gatlin voltou às vitórias nos 100m, depois da derrota para o jamaicano nos Mundiais, mas desta feita fê-lo com 9,98s e pela margem mínima, tendo o quatari Femi Ogunode ficado com o mesmo tempo e o francês Jimmy Vicaut tardado só mais um centésimo. Mais tarde, Ogunode ganharia os 200m com 19,97s, um novo recorde asiático.

E ainda nos 200m, mas femininos, a nova campeã mundial holandesa, Dafne Schippers, enfrentava a americana Allyson Felix, que nos Mundiaias ganhara os 400m, e não deixou dúvidas de que é a melhor do momento, vencendo em 22,12s contra 22,22s da antiga tripla campeã mundial (em 2003, 2007 e 2009).

No triplo salto masculino, Nelson Évora esteve presente mas só conseguiu 16,44m até ao último ensaio, quando arrancou o seu melhor do dia, a 16,85m, o que lhe deu o quinto lugar. Ganhou de novo o americano Christian Taylor, e com mais de meio metro de avanço sobre o cubano Pablo Pichardo, chegando aos 17,59m.

A outra presença portuguesa esteve a cargo de Tsanko Arnaudov, numa excelente prova de lançamento do peso. O novo recordista nacional não conseguiu qualquer lançamento válido e ficou com um zero na nona posição. Ganhou a prova a nova estrela do momento, o neozelandês Tom Walsh, com 21,39m.

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