Procriação Medicamente Assistida fez nascer 2091 crianças

Portugal tem 27 centros onde casais com problemas de fertilidade fazem tratamentos. Apenas 2,5% das crianças nascidas no país resultaram destas técnicas, o número diminuiu de 2012 para 2013.

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Recém-nascido deve ficar na lista do médico de família da mãe ou do pai Adriano Miranda

As técnicas de Procriação Medicamente Assistida (PMA) fizeram nascer 2091 crianças em 2013, menos 43 do que no ano anterior, tendo representado 2,5% de todas as crianças nascidas nesse ano, segundo o relatório do regulador.

De acordo com o relatório da actividade em PMA em 2013, elaborado pelo Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA), o maior número de crianças nascidas através destas técnicas resultaram da aplicação da Fertilização In Vitro (FIV) e Microinjecção Intracitoplasmática (ICSI) intraconjugal: 1322.

Na nota introdutória do documento, o CNPMA sublinha que, "comparando com 2012, o número de ciclos das principais técnicas de PMA efectuado (excluindo inseminação intrauterina) foi 3% menor, mas que as taxas de gravidez e parto aumentaram ligeiramente".

"O número de inseminações artificiais manteve-se estável e os resultados do uso desta técnica tiveram também ligeira melhoria", prossegue o regulador desta área que visa responder a casos de infertilidade.

O CNPMA destaca a descida da taxa de partos múltiplos, "pela sua inequívoca importância, no que constitui o contínuo esforço tendente à eliminação da situação que corresponde ao maior risco dos tratamentos de infertilidade".

Segundo o documento, registaram-se 33 casos de síndroma de hiperestimulação ovárica, a mais frequente complicação em ciclos de FIV/INCI intraconjugal, e quatro complicações da punção ovárica.

Em relação à doação de gâmetas ou embriões, em 2013 ocorreram 60 ciclos FIV e 67 ICSI com esperma de dador e iniciaram-se 345 ciclos para doação de ovócitos.

O documento demonstra como a idade das doentes influencia o sucesso dos tratamentos, o qual diminui de forma acentuada a partir dos 36 anos.

A taxa de gestação diminuiu dos 15,2% aos 40 anos para os 2,6% aos 45 anos.

O aumento da idade das mulheres que se submeteram aos tratamentos também influenciou a taxa de aborto, a qual subiu a partir dos 37 anos e acentuando-se a partir dos 41 anos, atingindo quase 70% nas doentes com 42 ou mais anos.

Segundo o CNPMA, em 2013 existiam em Portugal 27 centros de PMA que executavam tratamentos de infertilidade através de técnicas de PMA e um que executava apenas Inseminação Artificial.

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