Segunda-feira “negra” garantiu recorde de negócios à Euronext

Também no mercado de futuros foi registado o número mais elevado de contratos negociados desde 2008.

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Quedas dos mercados nesta segunda-feira foi acompanhada de elevado número de negócios. Foto: Gonçalo Português/Arquivo

O número de negócios nas quatro bolsas geridas pela Euronext registou nesta segunda-feira um novo recorde desde Janeiro de 2008, antes mesmo da queda do Lehman Brothers, em Setembro desse ano, divulgou a empresa.

Traduzindo o pânico gerado entre os investidores na primeira sessão da semana, as bolsas de Amsterdão, de Bruxelas, de Lisboa, de Londres e de Paris, registaram um recorde de 550 milhões de ordens. O número de ordens, apenas sobre acções, representa um crescimento de 22% face ao recorde anterior, registrado em Janeiro de 2015.

O número de negócios ascendeu a cerca de 4,5 milhões, também um novo recorde, e com um aumento de 16% em relação ao máximo anterior, registado em Agosto de 2011. Nos mercados de derivativos (incluindo derivados sobre mercadorias), foram processados 217 milhões de ordens, um recorde desde o IPO (Oferta Pública Inicial na sigla inglesa) na Euronext, em Junho de 2014. Foi negociado um total de 1,5 milhões de contratos, também um recorde desde 16 de Dezembro de 2014.

O grupo Euronext não divulga o volume de negócios correspondente aos negócios realizados nesse dia, que também deverá ter representado um máximo desde 2008.

Comentando os números registados, Lee Hodgkinson, director de mercados da Euronext, considerou o dia “excepcional”, destacando a eficiência e a segurança dos sistemas de negociação “no dia mais activo desde Janeiro de 2008.

A queda das bolsas europeias, que variou entre os mais de 10% da praça grega e os 5,8% de Lisboa, aconteceu na sequência das fortes desvalorizações dos mercados accionistas chineses, por receios de abrandamento da economia chinesa.

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