Eurofund e Patron Capital são os novos donos do Dolce Vita Odeón

Venda de unidade em Espanha foi um dos negócios de Julho.

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Compra do Grupo Piedade por parte dos franceses da Oeneo foi outro negócio concluído no mês passado António Carrapato

Em Julho, os fundos Patron Capital Partners e Eurofund Investments passaram a ser os novos donos do Dolce Vita Odéon. Localizado em Narón (perto de Ferrol, na Galiza), o centro comercial foi inaugurado em 2002 e é composto por cerca de 25.000 metros quadrados, com mais de cem lojas.

O valor do negócio não foi revelado, mas a TTR, que analisa o mercado de compra e venda de empresas, destacou a operação como uma das mais importantes do mês passado. Na análise agora divulgada pela TTR estão também negócios como a venda do Banco Efisa à Pivot e saída da Caixa Capital do capital da Vila Galé, que, ao contrário da compra do Dolce Vita Odéon, estiveram no centro do radar dos órgãos de comunicação social em Portugal.

Já a compra do Grupo Piedade por parte dos franceses da Oeneo, e agora destacada pela TTR, mereceu pouca atenção. Criado na década de 60, o Grupo Piedade é um dos maiores produtores de rolha em Portugal, tendo expandido a sua capacidade produtiva e alargado as actividades para outro tipo de vedantes, como as cápsulas. Presente em dezenas de mercados, desde a China ao Brasil, factura cerca de 40 milhões de euros por ano. Além da produção, tem ainda uma unidade vocacionada para a área pecuária e florestal e outra cuja missão é gerir o património imobiliário.

As dificuldades começaram a notar-se no início do ano passado, quando o Fundo de Reestruturação Empresarial da Oxy Capital ficou com 60% da empresa. Agora, cerca de um ano e meio depois, a totalidade do capital da Piedade (que emprega cerca de 200 pessoas) passa para a Oeneo.

Através de um comunicado, o presidente executivo da empresa francesa, François Morinière, mostrou a sua satisfação com o negócio, destacando que a qualidade da produção portuguesa é “reconhecida mundialmente”.

A Oeneo, que já está presente no mercado das rolhas (e no da tanoaria), é uma empresa cotada em bolsa. No exercício fiscal que terminou em Maio deste ano, o volume de negócios foi de 170,6 milhões de euros (mais 13% face ao ano anterior), com a vertente dos vedantes a representar cerca de dois terços das receitas totais.

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