Campeonato mundial de Halo com um milhão de dólares em prémios

Nos torneios de videojogos, os concorrentes disputam com frequência valores milionários.

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Halo 5 chega em Outubro 343 Industries

Muitos videojogos modernos são superproduções com orçamentos semelhantes aos filmes de Hollywood e conseguem receitas de milhares de milhões de euros. Por comparação, nem parece muito o milhão de dólares (918 mil euros) que a Microsoft vai distribuir em prémios monetários numa competição internacional de Halo 5, o mais recente episódio da popular série de videojogos.

Halo é uma série de videojogos de acção, que se desenrolam num universo de ficção científica e colocam o jogador numa perspectiva de primeira pessoa. O primeiro episódio estreou-se em 2011. O quinto – Halo 5: Guardians – será posto à venda no final de Outubro. O título é desenvolvido pela 343 Industries, um estúdio formado pela Microsoft para dar continuidade à saga depois de os criadores do jogo original terem saído da empresa.

Nesta terça-feira, na feira Gamescom, em Colónia, a empresa anunciou mais um campeonato mundial de Halo, desta vez com prémios que totalizam um milhão de dólares. É um esforço para que o título se destaque no competitivo mundo dos jogadores profissionais, que disputam prémios e patrocínios em múltiplas competições, tipicamente de jogos de acção, estratégia e desporto (as competições são suficientemente disputadas para que a Electronic Sports League, uma das muitas entidades que organizam este género de torneios, tenha anunciado recentemente que vai começar a fazer controlos anti-doping).

O fundo de um milhão de dólares para o campeonato de Halo está, porém, longe dos dos valores máximos neste tipo de competições. A Valve (uma empresa de videojogos americana para a qual o ex-ministro das Finanças grego Yanis Varoufakis trabalhou há poucos anos) anunciou nesta segunda-feira um total de 18 milhões de dólares para prémios num torneio do jogo Dota 2. O montante foi acumulado sobretudo graças ao dinheiro gasto pelos jogadores para comprarem itens para os respectivos personagens. No ano passado, o valor tinha sido de praticamente 11 milhões.

Estes chamados e-sports representam uma oportunidade de receitas para os criadores de jogos: os praticantes são jogadores fiéis que frequentemente gastam dinheiro para melhorarem o seu desempenho no jogo, há um negócio de merchandising em torno de muitos destes títulos e alguns dos jogadores mais sérios são celebridades neste meio, acabando por ajudar as empresas a conquistar mais jogadores para os seus títulos. 

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