Esta noite, Barack janta com os Obama do Quénia
Chegada do Presidente dos EUA ao país do seu pai gera grande entusiasmo.
Barack Obama foi recebido com um enorme abraço da sua meia-irmã, Auma Obama, ao aterrar em Nairobi esta noite, na sua primeira visita ao Quénia, o país do seu pai, enquanto Presidente dos Estados Unidos. A visita oficial só começa no sábado; nesta primeira noite no Quénia, o que Obama fez foi jantar com a sua família queniana.
A irmã, a avó paterna — não a mãe biológica do pai de Obama, mas a mulher que o ajudou a criar, e a quem o Presidente chama “Granny”, ou “Mama Sarah” — e outros membros da família alargada Obama no Quénia foram convidados a estar presentes. No percurso entre o aeroporto e o hotel, havia pessoas nas ruas, que queriam saudar o visitante.
As primeiras páginas de vários jornais tinham esta sexta-feira escrita a frase “karibu, Obama”, ou seja, “bem-vindo, Obama”. O Presidente americano leva uma agenda dominada por questões de segurança e economia, que começa a discutir no sábado.
O Presidente americano é transportado numa limusina revestida com placas de aço de 20 centímetros de espessura, vidro à prova de bala, pneus reforçados com kevlar e que transporta até um banco de sangue compatível com o de Barack Obama, se for alvo de um ataque e necessitar de uma transfusão com toda a urgência.
Esta é uma viagem de alto risco — os primeiros atentados da Al-Qaeda, ainda na década de 1990, aconteceram aqui, contra alvos americanos — e o Quénia enfrenta a ameaça recente de ataques de alto impacto da Al-Shabab. A milícia islâmica atacou o centro comercial Westgate em 2013, matando 67 pessoas, e em Abril atacou uma universidade perto da fronteira com a Somália, deixando 148 pessoas mortas. Cerca de dez mil agentes da polícia foram mobilizados para garantir a segurança do Presidente norte-americano, ou seja, um quarto da força total do país.
A preocupação com a segurança deverá ter sido um factor importante na decisão de que Barack Obama não visitaria Kogelo, a aldeia natal do seu pai.