Metro de Lisboa é o único transporte a perder passageiros

Restantes transportes confirmam tendência de recuperação em relação a 2014, com a aviação a liderar os ganhos.

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Maior subida foi protagonizada pela Metro de Lisboa Joana Freitas

Contrariamente à recuperação verificada em 2014, o Metro de Lisboa perdeu passageiros no primeiro trimestre de 2015 em relação ao ano anterior. Esta é a única quebra verificada nos transportes de passageiros, uma vez que os transportes fluvial, aéreo, ferroviário e Metro do Porto assinalam uma variação homóloga positiva no primeiro trimestre do ano.

As estatísticas relativas à actividade dos transportes, divulgadas nesta terça-feira pelo INE, mostram que o número de passageiros do Metro de Lisboa decresceu, passando de 34,5 milhões nos primeiros meses de 2014, para 33,8 milhões no ano seguinte.

No total, são menos 697 mil passageiros, ou seja, um decréscimo de 2% em termos homólogos. No último trimestre de 2014, o metropolitano da capital tinha tido uma variação positiva de 1,7%.

Com uma taxa de utilização de 22,7% (ainda assim superior à taxa de 17,5% registada no Metro do Porto), o Metro de Lisboa teve uma descida de 1,4% neste indicador. Por outro lado, o Metro do Porto registou um ligeiro aumento (0,4%) na taxa de utilização. Esta estrutura registava, no primeiro trimestre, um aumento de cerca de 270 mil passageiros para 13,8 milhões, o que significa um crescimento de 2%.

Nos restantes sectores verifica-se um aumento de passageiros, com a aviação a liderar os ganhos. O sector já tinha tido mais 9,8% de clientes em 2014 comparativamente a 2013. Entre Janeiro e Março em 2015, houve mais 880 mil passageiros aerotransportados que em 2014, o que significa um aumento de 14,3% e ultrapassa a marca das sete milhões de pessoas.

A proximidade da abertura do mercado açoriano às companhias low-cost, em Março, pode ajudar a explicar o fenómeno, uma vez que foi nos aeroportos de Santa Maria (39,2%) e de João Paulo II (20,2%), em Ponta Delgada, onde mais aumentou a percentagem dos passageiros. No sentido inverso, Porto Santo, no arquipélago da Madeira, foi o único aeroporto a receber menos pessoas, com menos 17,5% passageiros.  

O transporte fluvial continua a recuperar terreno. O movimento de passageiros em vias navegáveis interiores tinha registado uma tímida recuperação de 0,1% nos últimos três meses de 2014 (sendo que, no total anual perdeu mesmo passageiros) e solidifica agora a trajectória ascendente, com uma variação homóloga positiva de 2%. Dos perto de 4 milhões que utilizaram este meio entre Janeiro e Março, a maioria fê-lo no rio Tejo.

Também o transporte ferroviário mantém a tendência do trimestre anterior e obteve um ligeiro aumento de 1,8%. Isto significa que há um aumento de pouco mais de 600 mil pessoas a utilizar os comboios como meio de transporte, totalizando 32 milhões de passageiros. Deste número, 90% utiliza os comboios suburbanos, que registaram uma subida de 1,8%.

No mesmo registo, os comboios suburbanos obtiveram uma variação homóloga positiva de 1,2%, apesar de abrandar o ritmo de crescimento de 4,5% do trimestre anterior.  Apesar de representar uma fatia residual, a maior subida registada na ferrovia deu-se mesmo nos transportes internacionais, que se desenvolveram a 10,5% em variação homóloga, ao registar 42 mil passageiros nos primeiros três meses de 2015 por oposição os 38 mil do ano anterior. 

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