Saúde oral dos jovens portugueses melhorou
Estudo realça uma diminuição das doenças orais entre os jovens até aos 18 anos.
Já se faz sentir uma melhoria na saúde oral dos jovens portugueses entre os 15 e os 18 anos, assinala esta sexta-feira a Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), a partir de novos dados do III Estudo Nacional de Prevalência das Doenças Orais, elaborado pela Direcção-Geral de Saúde em parceria com a Ordem dos Médicos.
O estudo indica que, aos 18 anos, existe uma melhoria nos hábitos de higiente oral: a percentagem de jovens que diz escovar os dentes todos os dias é de 96%. Além disso, o número de dentes extraídos e com cáries por doente diminuiu de 4,7, em 2000, para 2,5, em 2014.
Já os procedimentos preventivos aumentaram de 19,8% para 29,3% com a aplicação de selantes (materiais plásticos para protecção dos dentes pré-molares e molares) na dentição permanente.
A percentagem de jovens, entre os 15 e os 18 anos, com gengivas saudáveis também aumentou para 41,8%, mais 21 pontos percentuais do que em 2000.
Segundo a OMD, o Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral veio permitir que mais crianças e jovens tivessem acesso a cuidados de saúde oral, nas 4500 clínicas e consultórios cooperantes. No ano passado, foram utilizados 406.689 cheques-dentista e desde o início do programa, em 2008, 2.378.363.
Para Paulo Melo, secretário-geral da OMD, as consultas de medicina dentária “são praticamente inexistentes”, afirma em comunicado. É preciso estender o Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral a “mais faixas carenciadas da população”, para que todos possam ter acesso a intervenções dentárias, avisa. E aproveita ainda para sublinhar que a par dos maus hábitos alimentares, o tabaco é “o principal factor de risco para a saúde oral”.
Estes dados integram o relatório A Saúde dos Portugueses – Perspectiva 2015, da Direcção-Geral da Saúde, noticiado no passado dia 7 de Julho pelo PÚBLICO, que conclui que a má alimentação é o factor que rouba mais anos de vida saudável aos portugueses.