Fogo combatido por 500 bombeiros começa a ceder em Tomar

Incêndio começou pelas 12h54 e continua activo em Abrantes e Barquinha. O vento forte está a preocupar a Protecção Civil.

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incêndio foi combatido por 17 bombeiros sapadores e voluntários do Porto PÚBLICO/arquivo

O incêndio que deflagrou às 12h54 desta terça-feira no concelho de Tomar está a ceder nessa zona e em resolução no concelho de Constância, mas mantém-se activo nos concelhos de Abrantes e Vila Nova da Barquinha, disse fonte da Protecção Civil.

Filipe Regueira, comandante da sala de operações do Comando Distrital de Operações de Socorro de Santarém, disse à Lusa que estão neste momento 500 operacionais no terreno, apoiados por 147 viaturas e algumas máquinas de rasto, tendo os sete meios aéreos que ajudaram no combate regressado à base com o cair da noite.

O fogo, marcado por inúmeras projeções -- algumas das quais entraram na vila de Constância, sem que se tenham registado incidentes -, levou a que dois civis fossem assistidos por situações de ansiedade e três bombeiros com ferimentos ligeiros ou por inalação de fumos ou por exaustão.

Uma viatura, de um "curioso", ardeu na freguesia de Asseiceira, segundo fonte da Protecção Civil de Tomar.

A A23 e a A13 foram cortadas ao trânsito cerca das 18:00, a primeira entre o nó da Atalaia e o nó de Constância Sul e a segunda no primeiro nó à saída da A23 no sentido Torres Novas/Tomar, mantendo-se essa situação por volta das 21:15, confirmou à Lusa fonte da GNR.

Filipe Regueira disse à Lusa que as corporações do distrito de Santarém estão a ser auxiliadas por reforços dos distritos de Lisboa (com dois grupos de combate), Setúbal e Évora (com grupos de reforço para ataque ampliado), Portalegre, Castelo Branco, Leiria, Aveiro e Coimbra.

Segundo a informação disponível na página da Autoridade Nacional de Protecção Civil, o incêndio continua com três frentes activas em povoamento de eucalipto, mato e agrícola, tendo sido retirada a referência a vários pontos sensíveis, nomeadamente habitações, como constou durante a tarde.

O comandante de sala confirmou que arderam dois barracões agrícolas, havendo indicação de que o fogo poderá ter afectado "uma ou outra casa" sem que haja qualquer informação de que fossem habitadas.

Filipe Regueira afirmou que nenhuma povoação teve que ser evacuada, nem houve qualquer pedido para eventuais desalojados.

A concentração de meios na defesa das casas e dos aglomerados populacionais levou que a linha de fogo avançasse mais na mancha florestal, levando a que o fogo atingisse aí maiores proporções e demore mais tempo a ser controlado, disse.

Pelas 18h40, muitas habitações estavam em risco devido às projecções e vento forte. "Neste momento temos o incêndio em algumas zonas do perímetro a ceder favoravelmente aos meios de combate já, mas é um incêndio com muitas projecções, vento muito forte no local, temos muitas habitações em risco", afirmou o comandante distrital de operações de Socorro de Santarém, Mário Silvestre.

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