Sócrates diz que a sua prisão visa impedir PS de vencer eleições

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O ex-primeiro-ministro socialista José Sócrates reivindicou a condição de preso político e atribuiu a sua prisão a uma tentativa de impedir a vitória do PS nas próximas eleições legislativas, em entrevista conjunta ao Diário de Notícias e à TSF.

No texto, Sócrates rejeita, “indignado”, as acusações de ter recebido, directa ou indirectamente, contrapartidas para a adjudicação de contratos. “Rejeito, indignado, essas acusações. Nunca, em nenhuma circunstância, intervim ou recebi contrapartidas com o intuito de favorecer quem quer que fosse em concursos públicos”, afirmou, negando que esta situação pudesse ter ocorrido através do seu amigo Carlos Santos Silva.

No balanço que faz do período da sua detenção, Sócrates insiste neste argumento: “Seis meses de prisão preventiva e sem acusação. Seis meses de uma violenta campanha de difamação efectuada e dirigida pela acusação. Seis meses impedido de me defender. Seis meses de ameaças e intimidação ("pessoas próximas ainda em liberdade", julgo ser a linda expressão que usam). Seis meses de abuso, de arbítrio e mentiras. Seis meses de caça ao homem. Ainda assim, não venceram. Dirão, bem sei, que a lei lhes permite um ano de prisão preventiva sem acusação. Mas nem sempre o que a lei permite, a decência autoriza”.

Para ex-líder socialista a sua prisão “visa impedir o PS de ganhar as eleições”.

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