Câmara de Lisboa garante que reduziu assessoria externa para um terço

João Paulo Saraiva comparou gastos e orçamentos de 2014 com os de 2005.

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O vereador das Finanças da Câmara de Lisboa veio esta quarta-feira contestar afirmações do PSD, nomeadamente de Teresa Leal Coelho em entrevista ao PÚBLICO sobre os gastos camarários sobre a contratação de assessoria externa.

João Paulo Saraiva dispôs-se a fazer a comparação com anterior gestão social-democrata do município para destacar a redução nos gastos com este tipo de assessorias. “Quando estavam no poder havia 3,3 milhões de euros associados a este tipo de contratações” disse autarca, referindo-se ao ano de 2005. Saraiva acrescentou depois que o executivo socialista “tem vindo a levar a cabo uma trajectória descendente” sobre estas despesas. “Este valor [o referente a 2005] é comparável com o valor de 2014, que é de 979 mil euros.”

Um valor, adiantou, que tinha de ter em conta o “contencioso enorme” com o actual Governo que pesa sobre a câmara, que abarca temas como os transportes, a SIMTEJO e a Bragaparques.

Sem precisar a quantidade de contratos ou o número de entidades envolvidas, Saraiva acrescentou ainda que as actuais despesas se distribuem em assessorias relacionadas com “patrocínios jurídicos forenses”, estudos ambientais e assessoria informática.

Na edição desta quarta-feira, a deputada do PSD Teresa Leal Coelho recuperou um compromisso de António Costa – reduzir as assessorias externas do Governo – para recordar que o “orçamento de António Costa para 2015 [na Câmara de Lisboa] integra 2,2 milhões de outsourcing”.

Por outro lado, a Câmara de Lisboa distribuiu esta quarta-feira aos jornalistas um documento sobre a diminuição da dívida do município entre 2007 e 2014 que aponta para uma redução de 511,4 milhões de euros (de 1129,7 para 618,3 milhões).

Números que não coincidem com os referidos por Teresa Leal Coelho na entrevista ao PÚBLICO. Segundo disse a deputada do PSD, “nos quase oito anos de António Costa enquanto presidente da câmara, não diminuiu a dívida. A dívida foi diminuída já na governação da coligação, por intervenção do Governo da República, que assinou um memorando com o qual financiou a câmara municipal e designadamente a dívida em 286 milhões de euros, que vieram a abater à dívida da câmara. Feitas as contas, retirando a intervenção do governo, a dívida subiu em cerca de 4,6% daquilo que herdou”.

De acordo com as contas apresentadas pela autarquia, a dívida baixou 45,3% naquele período.

 

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