Três exames e depois… Barcelona

Inês Alonso, 17 anos, quer entrar em Engenharia do Ambiente e está a apostar tudo na prova de Matemática.

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Inês Alonso ficou desapontada com as notas Nelson Garrido

Os exames nacionais ainda não começaram, mas Inês Alonso, que está no 12.º ano, já tem planos para quando terminarem. O destino é Barcelona. Faz exame de Português na próxima quarta-feira, de Biologia e Geologia a 22, despede-se de Matemática A no dia 23 e parte imediatamente para Espanha, onde vai participar num torneio de voleibol.

“Estou a apostar mais na Matemática, é uma das minhas provas de ingresso no ensino superior”, diz Inês, de 17 anos. Das notas depende a entrada na universidade e no curso que escolheu – Engenharia do Ambiente.

Por agora ainda é aluna do 12.º ano de Ciências e Tecnologias na Escola Secundária Carolina Michaëlis, no Porto, e tem pela frente duas semanas de muito trabalho. Isto porque, para além de fazer as provas de Português e de Matemática, vai tentar melhorar a nota de Biologia e Geologia, que acabou com 15 valores no ano passado.

Diz que tem todo o apoio da mãe, advogada. Numa fase em que não a pode ajudar directamente, por não ter formação na área científica, ela faz tudo para lhe proporcionar explicações, explica Inês. Faz o mesmo com Francisco, o irmão, que está também em fase de exames, mas do 9.º ano.

De sorriso aberto e relaxado, Inês diz-se segura para Português, que é já na quarta-feira. Tem 15 de classificação interna e comenta que “os textos e a interpretação já estão quase todos estudados”. O problema é mesmo a gramática. “Nunca fui boa a gramática, toda a gente diz que não sabe como é possível, que é o mais fácil, que é só decorar. Mas eu não consigo, então estou a apostar mais na interpretação”, afirma.

Depois, tem até dia 23 para ter a matéria de Matemática na ponta da língua. “Este ano consegui melhores notas a esta disciplina, tive mais tempo para estudar e insistir até perceber, já não tinha Biologia e Geologia nem Física e Química com que me preocupar”, realça, referindo-se aos exames que fez no 11.º. Todos os dias faz pelo menos um exame de Matemática dos anos anteriores – “a melhor forma de estudar”, considera. Neste caso, parte para o exame com um 14 na pauta. “Queria mais, mas a professora não deu”, brinca.

Não se priva das redes sociais. “Consigo estar uma hora ou uma hora e meia a estudar. Posso mandar uma mensagem ou passar pelo Facebook ou pelo Instagram entretanto, mas sem quebrar o ritmo”. Aproveita as manhãs, mas é à tarde que o estudo rende mais. As noites, ocupa-as na Associação Académica de S. Mamede a jogar voleibol. “Esta semana tive três treinos, nunca me esqueço completamente dos exames, mas sempre dá para descontrair”, afirma.

De momento está calma, tem o estudo todo sob controlo, mas recorda o que se passou no exame de Física e Química do ano passado. “A dez minutos do fim eu tremia por todos os lados, tive pena do corrector, nem eu percebia a minha letra”. O segredo está em levar tudo bem estudado, diz. Repete para si: “Tu sabes as coisas, relaxa, faz o que sabes com calma. Tens é de ter confiança em ti”. Acredita que vai resultar.

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