Apoios da China a Angola são “confidenciais”

José Eduardo dos Santos e Xi Jinping assinaram vários acordos, mas os montantes não foram revelados.

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Presidente angolano esteve reunido com o seu homólogo chinês, Xi Jinping REUTERS/Wang Zhao/Pool

Esta terça-feira foi dia de assinar acordos entre a China e Angola, no âmbito da visita de José Eduardo dos Santos a Pequim mas o valor dos empréstimos chineses ficaram por revelar.

“Por enquanto vamos tratar isso como uma questão confidencial”, disse Lin Songtian, director dos Assuntos Africanos do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, citado pela Lusa. Este responsável falou aos jornalistas após o encontro do presidente angolano com o seu homólogo chinês, Xi Jinping.

”Angola enfrenta dificuldades criadas pela queda do preço do petróleo”, referiu Lin Songtian, acrescentando que “tanto o presidente Xi Jinping como o primeiro-ministro, Li Keqiang [com os quais o José Eduardo dos Santos se encontrou], disseram que o Governo chinês vai ajudar Angola a superar as dificuldades”.

Já o presidente de Angola sublinhou o seu empenho em “estreitar as relações com a China”, afirmando, segundo a Lusa, que os dois países “têm imensas potencialidades para valorizar” e “podem ir mais longe” na cooperação bilateral. Para já, a Reuters fala do envolvimento da construtora chinesa Gezhouba na construção de uma barragem, projecto avaliado em cerca de 4500 milhões de dólares. Normalmente, a China adianta o dinheiro e assegura-se que a obra fica a cargo de empresas do seu país.

A China, enquanto maior comprador de petróleo a nível mundial, é o maior cliente de Angola, responsável por cerca de metade das exportações de crude deste país. Além disso, é um dos grandes financiadores e investidores deste país africano, além de ter vindo a reforçar a sua posição como exportador. A visita de José Eduardo dos Santos dura seis dias, até sábado. Na sexta-feira terá lugar o Fórum Económico China/Angola, onde as empresas com negócios nos dois países estarão em lugar de destaque.

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