Obama diz que dólar forte é “um problema”, ou talvez não

Casa Branca nega que presidente dos EUA tenha manifestado preocupações com a valorização do dólar nos encontros do G7.

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Obama esteve esta segunda de manhã com Hollande AFP/ALAIN JOCARD

Duas horas depois de as agências noticiosas internacionais terem dado conta que o presidente Barack Obama reconheceu, nos encontros com os outros líderes do G7, que o valor do dólar poder ser “um problema” para a economia norte-americana, a Casa Branca veio desmentir estas afirmações.

Segundo agências como a AFP e a Bloomberg, que nesta manhã de segunda-feira citaram uma fonte diplomática francesa com conhecimento das conversações entre os líderes do G7, o presidente da maior economia do mundo admitiu que um dólar forte pode ser motivo de preocupação. Isto porque o valor do dólar afecta a competitividade das empresas norte-americanas, penalizando a balança comercial do país.

Mas, depois de numa fase inicial se ter mostrado indisponível para comentar esta afirmação de Obama, um representante da Casa Branca veio assegurar que “o presidente não disse que o dólar forte é um problema”.

“Ele afirmou algo que já tinha comentado muitas outras vezes; que a procura global é demasiado fraca e que os países do G7 [Estados Unidos, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Japão e Canadá] devem usar todos os instrumentos ao seu dispor, incluindo a política orçamental, as reformas estruturais e a política monetária, para promover o crescimento”, disse o responsável norte-americano, citado pela Reuters.

A Reuters escreve ainda que as notícias iniciais – com a afirmação de Obama sobre o dólar – foram publicadas após o encontro entre o presidente francês François Hollande e um grupo de jornalistas franceses a propósito do último dia da cimeira. Depois das notícias, o dólar esteve a cair contra o euro e o iene, mas recuperou terreno após o desmentido da Casa Branca.

 

 

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