Há 46 mil desempregados a trabalhar para o Estado

Número de contratos emprego-inserção foi avançado pelo secretário de Estado da Administração Pública.

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José Leite Martins Rui Gaudêncio

A questão há muito que é colocada ao secretário de Estado da Administração Pública. Afinal quantos desempregados trabalham nos organismos públicos ao abrigo dos contratos emprego-inserção (CEI)? A resposta chegou nesta quarta-feira pela voz de José Leite Martins: há 46 mil pessoas nesta situação a trabalhar nas administrações central e local.

A questão tinha sido lançada pela deputada do PCP, Rita Rato, quando criticava o envio de pessoas para a "requalificação" ao mesmo tempo que os serviços recorrem a estes CEI. Crítica semelhante foi feita por Mariana Aiveca, do Bloco de Esquerda.

Na resposta o secretário de Estado da Administração Pública começou por frisar que os CEI são "uma realidade utilizada por muitas administrações" e no bolo total a Administração Central "representa um número relativamente menor".

"O uso pela Administração Local é três vezes maior do que na Administração Central", referiu, adiantando que no Estado Central há 11 mil desempregados integrados em CEI, enquanto nas autarquias são 35 mil.

Ainda assim, notou, "estamos perante alguma retracção [na utilização] deste instrumento".

Os CEI são desenvolvidos por desempregados a troco de uma bolsa que, no caso dos subsidiados, não vai além dos 80 euros.

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